Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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SEU NOME É FRANCISCO


Escrevinhação n. 995, redigida em 18 de março de 2013, dia de São Cirilo de Jerusalém.

Por Dartagnan da Silva Zanela

As portas do inferno não prevalecerão (Matheus XVI; 18). Para todo aquele que confessa a Fé com o coração na mão, essas palavras são de uma clara significação. As crises vêm e vão, os céus também, mas Ele permanece.

Infelizmente, muitos que publicamente confessam a Fé na Igreja ouvem essas palavras com a mesma leviandade que assistem a um telejornal. Não são poucos os catolicãos que, a muito, falava Agripino Grieco. Católicos que ao morrer, chegando ao céu tem a enorme surpresa de verificar que Deus existe mesmo.

Ora, é mais que compreensível que um não-católico não leve com a necessária seriedade os ensinamentos daquela que é Mãe e Mestra. Entretanto, é motivo de escândalo uma pessoa que se declara católica e vive numa inconfessa apostasia chegando, literalmente, a cingir sua vida pela trilha de valores diametralmente opostos aos ensinamentos de Nosso Senhor, desprezando e fazendo pouco de seu magistério.

É diante deste quadro que o predecessor do Papa Francisco I, convocou um ano da Fé, um tempo para aprofundarmos nossa fidelidade e confiança em Cristo através de muito estudo e oração. E, neste ano, Bento XVI renuncia a cátedra de São Pedro pedindo a cada um de nós um ato de Fé neste grande mistério que é a Santa Madre Igreja. Bem, aí ouso indagar: quantos rezaram pelo Conclave? Quantos jejuaram e se penitenciaram? Creio que muitos, porém, imagino que muito maior foi o número dos catolicãos que apenas acompanharam os últimos acontecimentos com uma reles curiosidade mundana.

Em meio a este entrevero, eis que temos um Papa feito da mesma cepa de Bento XVI, por mais que a grande mídia diga o contrário. Homem que não teme apontar o nome do nosso grande inimigo, o demônio. Citando uma passagem da obra do escritor francês Leon Bloy, lembra-nos que quem não reza ajoelha-se ao príncipe das trevas. Homem que veio para servir e lutar o bom combate comandando um exército que confessa Cristo Crucificado.

Quanto a seus gestos, são mais do que humildes. Sinalizam claramente ao que veio. Bento XVI deixou o comando da nau petrina porque tinha uma inabalável fé de que o Espírito Santo indicaria alguém à altura dos combates atuais. Com uma cruz de ferro, despido de aparatos, ele se apresenta para o combate, tal qual fez São Francisco de Assis, que deixou suas armas de ferro para pelejar pelo Evangelho.

Um homem humilde como seu predecessor e, como ele, alguém que não fala com língua bipartida e que não verga sua cabeça para agradar aos interesses mundanos. Alguém que labuta para seguir os passos do poverello de Assis, o primeiro a carregar os estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo em sua carne.

São Francisco de Assis era um humilde servo de Cristo, não um simplório capacho do mundo ou uma caixa de ressonância de slogans politicamente-corretos. Francisco amava os pobres sem odiar (ou invejar) os ricos. Ele amava a todos em Cristo e por Cristo. Esta, penso eu, é a luz que se faz luzir a partir do início do pontificado de sua Santidade e, por essas e muitas outras que as portas do inferno não prevalecerão, compreendamos o que isso quer dizer ou não.

Pax et bonum
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