Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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RETALHOS E RASURAS – PARTE III

Por Dartagnan da Silva Zanela

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[i] Todos aqueles que tem uma razoável memória lembram-se que a excelentíssima senhora presidente(a) afirmava, peremptoriamente, no período eleitoral, que o Brasil estava muito bem, que tudo corria as mil maravilhas graças a ela e a seu antecessor de São Bernardo. E não apenas isso! Que o Brasil iria entrar agora numa nova era de crescimento e todo aquele blá blá blá que todos nós já estamos carecas de ouvir.

Claro que muitíssimas informações sobre a real situação do país eram omitidas na época, fato esse que assustou inúmeros militantes históricos do partido e consternou uma significativa parcela da população, porém, naquele período, a única imagem que se fazia imperar era de que o Brasil estava nas mãos duma exemplar gestão e que nada iria segurar-nos, haja vista que estávamos sob a proteção não do “grande irmão”, mas da “grande mãe”.

Pois é, mal acabou o pleito e eis que a realidade veio à tona. Tudo aquilo que a dona disse que não iria realizar de modo algum, está a realizar sem a menor cerimônia. Tudo aquilo, e mais um tanto, do que a “grande mãe” dizia que não havia na “pátria educadora” está saltando as vistas de todos aqueles que não tem medo e olhar no olho do furacão que está arrastando o Brasil ladeira abaixo.

A grande mentira eleitoreira caiu e não há explicação razoável que justifique o descompasso existente entre o discurso propagandístico e a realidade brasileira a não ser a sanha totalitária pelo poder daqueles que estão à frente do governo e não querem, de modo algum, largar o osso, mesmo que isso custe o destino dos milhões que fazem dessa terra sua pátria.

[ii] O Brasil, no momento, está cheio de maiores abandonados, órfãos da Dilmãe. Fazer o que? Passada a euforia eleitoreira, defrontados com o escândalo que foi esse último pleito juntamente com o vexame da negação de tudinho que eles haviam, não prometido, mas afirmado na campanha de 2014 a respeito da real situação do nosso país, os cidadãos ficaram meio catatônicos, perdidos feito cãozinho caído do caminhão de mudança.

Como defesa, mais do que depressa tentam auto-preservar-se recorrendo ao estratagema da argumentação circular que consiste em defender-se com uma acusação, mudando o foco do assunto. “Ah! O fulano também é isso! O sicrano é aquilo! No fundo, são todos farinha do mesmo saco!”

De fato, nossos políticos são tal qual nossa fauna: não há gigantes, infelizmente. Porém, esse tipo de expediente circular é uma forma simplória (mas compreensível) de se esquivar do amargor da realidade.

Procedem assim por terem perdido todo e qualquer senso das proporções e, por estarem desprovido desse, não sabem mais a diferença que há entre as ações dum político coronelista que apenas deseja parasitar junto às uberes Estatais e as dum grupo político que tem um projeto de poder totalitário para o Brasil e para toda a América Latina e que faz tudo para realizá-lo. E estão fazendo, diga-se de passagem.

Por isso, repito: dizer que todos são iguais é admitir publicamente a perda da capacidade de discernimento. Aliás, compreensível, diante dos sucessivos choques que a sociedade vem tomando.

Enfim, para compreender o quão avançados estão os planos do PT e do Foro de São Paulo, é necessário abdicar da excitação fomentada pelas querelas do último pleito eleitoral. É necessário, urgente, esfriar a cabeça, sentar e, pacientemente, informar-se para compreender o que realmente está em jogo e aprender, definitivamente, que a Presidente(a) não é 'mãe', mas sim, uma orwelliana madrasta.

[iii] Vamos entender uma coisinha bem simples: o Brasil não está dividido entre petistas dum lado e tucanos doutro. O Brasil está dividido sim, mas, doutra forma. Dum lado petistas e suas hostes, doutro políticos fisiológicos e seus cupinchas e, por fim, uma multidão atomizada descrente das instituições, sem opção, que defende-se com os parcos meios que tem.

@dartagnanzanela
http://zanela.blogspot.com/

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