Por Dartagnan da Silva Zanela
O FIM DAS FRONTEIRAS - Para ser respeitado, saiba respeitar. Para saber respeitar, aprenda a desprezar, pois quem não sabe praticar essa refinada arte, acaba insultando tudo o que é honorável por portar-se de maneira reverente com tudo, inclusive com o que é execrável. E de todos os venenos que corroem a fronteira que separa um do outro, que apartam a fidalguia da indignidade, os mais letais são o sulfuroso relativismo e o degradante politicamente correto. Entenda isso e aprenderá o que é o tal do respeito.
O VÍRUS LETAL - Quando nos sentimos, interiormente, temeroso de reconhecer certas atitudes, ideias e valores como sendo obviamente deploráveis é sinal de que já fomos contaminados com o vírus do politicamente correto. O tratamento para tal enfermidade é simples, porém, doloroso. É, mais ou menos, assim: lembre-se diariamente, várias vezes ao dia, que a realidade é muito maior e mais importante do que tudo o que os seus pares, militontos ou não, digam a respeito de tudo e de todos. O feio continuará a ser o que é, e o errado também, mesmo que eles gritem histericamente o contrário. Resista ao teatrinho dessa gente reconhecendo o óbvio ululante e logo, bem loguinho, estará curado.
UMA GRAVE CONFUSÃO - Nos dias de hoje é um erro muito frequente confundir um direito com um desejo. Temos direito a algo quando alguém nos impõe uma obrigação. Tenho, por exemplo, direito a um honorário quando alguém exige de mim o cumprimento de uma tarefa. Se ninguém me obriga a algo não tenho direito a nada. Ponto. Um desejo, por sua deixa, apenas manifesta um querer que julgamos ser merecedor de sua realização sem que, necessariamente, tenhamos feito algo para merecê-lo.
PARA A FOLIA GERAL - É tanta confusão e demência que hoje toma conta de nosso país que todo aquele que, ao dar o seu palpite, afirmá-lo veementemente, crendo saber o que deve ser feito, das duas, uma: ou é muito inocente e não sabe o que está dizendo, ou é apenas mais um louco dando chilique no manicômio nacional.
QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA - A tomada de consciência de nossa demasiada condição humana inicia quando admitimos que, fundamentalmente, nada somos e que nada nos é devido. Se não reconhecemos isso estamos alienados de nós mesmos; de quem realmente somos.
A TRÍADE SAFADA - Os medíocres querem parecer normais; os soberbos desejam impor-se a todos como sendo a nova medida de normalidade; e os vaidosos se rejubilam fingindo ser o que eles jamais serão.
CIDADÃO ADESTRADO - Para o tolo massificado, pouco importa se o que seus líderes e dirigentes dizem seja verdadeiro ou falso. O que realmente interessa para eles é que o que esses sujeitos digam infunda em seus coraçõezinhos uma falsa esperança juntamente com a sensação de que eles estão certos, certíssimos, mesmo que tudo em sua volta aponte para o contrário.
GRANDEZA E MISÉRIA HUMANA - Liberdade, justiça, honra, dever, piedade e esperança. É a realidade rediviva dessas palavras na vida de um homem que faz dele um gigante oculto em meio às banalidades cotidianas.
Sem elas a vida acaba sendo devorada pelas sombras do dia a dia, reduzindo a grandeza humana à nossa mediocridade que, por sua deixa, transmuta a liberdade na arbitrariedade de tolos desejos; transforma a justiça em manha infantil; reduz a honra a um mísero sentimento de indignação pueril; desfigura o senso de dever; subverte a piedade num ridículo coitadismo e escarnece da esperança fazendo-a ser apenas uma tola expectativa em promessas mundanas. Esse é o homem-massa que vem, dia após dia envergonhando a humanidade de todos os tempos.
O FIEL DA BALANÇA - Uma coisa é celebrar a fé para, com esse ato, sermos elevados em espírito e verdade. Outra coisa bem diferente é avacalhar com ela em favor da vaidade e da má vontade nossa de cada dia.
ATÉ FINDAR OS DIAS - Os dias passam para todos, menos para os tontos que insistem em viver numa adolescência perene. Os dias seguem seu curso e assim o é para todos, menos para os medíocres que se acorrentam às suas ideias pueris sobre si, sobre tudo e todos, afogando-se em meio ao inevitável fluir das alvoradas; naufragando em sua consciência sufocada pelo vitimismo.
O QUE É ISSO COMPANHEIRO? - O socialista, declarado ou enrustido, atesta muitas e muitas vezes, com suas atitudes, um insincero ódio e uma indisfarçável inveja dos bem sucedidos. Inveja essa muitíssimo maior que seu dissimulado amor pelos desafortunados e miseráveis do mundo. Não é à toa que nos países socialistas, dum modo geral, a repressão à inovação e a criatividade abundam tanto quanto a miséria é generalizada.
ZELO E AMOR - Quando ouço um padre falando mal da Santa Missa Tridentina, confesso: uma profunda tristeza abate-se sobre meu coração. E se ele diz isso em meio a sua homilia, outra vez confesso: uma grande ira invade meu ser.
Ora, o Rito Tradicional expressava, em sua própria forma, um profundo e amoroso zelo por Nosso Senhor; zelo esse que era visível sem a necessidade de palavras. Não é à toa que santificou muitíssimas almas.
Agora, pergunto eu: quantas almas estão sendo santificadas pela maneira desleixada que muitas e muitas Santas Missas são celebrados hoje? Aliás, quantas almas são salvas pelos enxovalhos proferidos contra esse tesouro da fé que é o rito instituído pelo missal de São Pio V? Eis aí a questão que não quer calar.
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