Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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APENAS UMA CADEIRA VELHA


Por Dartagnan da Silva Zanela

ATRAPALHAM, ATRAPALHAM MUITO MAIS - A coisa mais incômoda que existe na face da terra é um inútil tentando ser útil, digo, tentar parecer útil. Infelizmente o bichinho é incapaz de negar a sua natureza imprestável.

Se essa gente realmente deseja-se fazer algo bom, prestariam um grande favor a todos nada fazendo e, principalmente, deixando de fingir que tem boa vontade e de dissimular que sabem fazer algo de maneira razoavelmente competente.

Mas não. Por serem imprestáveis e, em muitos casos, desprovidos de caráter, esses sujeitinhos esforçam-se, e como se esforçam, em parecer o que jamais serão: dignos, prestativos e bons. E, nesse fingido intento, atrapalha pra cacete.

NÃO HÁ REMÉDIO - Uma pessoa que não sabe portar-se educadamente numa fila, num ônibus, num metrô, ou mesmo na rua, no fundo não sabe a diferença evidente que há entre o que sai pelo seu orifício anal e o que é expelido através de seus lábios.

Aliás, para esses indivíduos é praticamente impossível fazer tão elementar diferenciação, haja vista a tamanha semelhança existente entre o conteúdo fecal e a exalação verbal.

Tadinhos. Não é à toa que falam tanta merda de maneira tão inconveniente achando que estão mostrando o que há de melhor neles. É, vai ver que, bem provavelmente, estejam mostrando mesmo.

MEDIDA SEM MEDIDA - Suponhamos que um adolescente, liderando um grupo de indivíduos na mesma faixa etária, roube, estupre, torture e mate uma pessoa.

Suponhamos também que os mesmos sejam identificados. Pergunto: o que os intelectuais ungidos, profetas dos direitos confusamente humanos, diriam aos familiares da vítima? Provavelmente, diriam algo mais ou menos assim: eles, os familiares, devem perdoar os garotos porque, no fundo, eles são tão vítimas quando a vítima, porque a sociedade não lhes deu oportunidades e tutti quanti.

Ah! É claro: é possível que lembrem aos mesmos que condenar os garotinhos não irá trazer a vida de seu ente querido de volta. Quanta sensibilidade, não é mesmo?

Poderiam até dizer outras coisas, mas, no fundo, não passariam de variações do mesmo tom que tanto macula nossas cabeças bem pensantes.

Aliás, poderíamos fazer outra conjecturação: o que esse discurso de bom-moço está comunicando para a sociedade? Qual lição esse falatório de justiça social está ensinado às tenras gerações? Muitas coisas, entre elas que o crime não apenas compensa, mas também e principalmente, que pode ser justificado com ares de indignação moral politicamente-correta.

INDIGNA SACANAGEM - Quando uma pessoa que, em regra, pensa apenas em tirar vantagem de tudo, que age rotineiramente como se seu umbigo festivo fosse o centro do mundo, resolve parecer uma pessoa séria e prestativa, fuja índio velho! Fuja que coisa boa não vem não. Ou então aguarde para ver o espetáculo circense que o aguarda.

COMÉDIA DAS COMÉDIAS - Uma das cenas mais cômicas da face da terra, e que é fartamente retratada pela literatura universal, é a indignação teatral dum canalha quando ele é chamado por alguém daquilo que ele é: um canalha. A revolta do danado é engraçada pacas. Porém, mais engraçado que isso é ver um, ou muitos tontos acreditarem na encenação do bichinho e se doerem por ele. Infelizmente ou não, no Brasil temos uma fartura considerável dessas cenas para nos divertir. Tamanha é a abundância que chega, às vezes, até nos irritar. 

QUASE O PIOR CONSELHEIRO - Todo canalha gosta de parecer preocupado com os problemas dos outros. E é incrível como todo mau-caráter ama fazer pose de bom conselheiro. É coisa linda de se ver; sua artificiosa dissimulação. Mas, nesse entrevero todo, o que realmente dá nojo é vermos os desavisados ouvirem prioritariamente os conselhos “psicológicos” e “morais” desse tipo de rafuagem. Fazer o que? Que cada um ouça aquele que considera mais valoroso. Só depois não se faça de coitado, nem de Madalena arrependida.

QUE POVO É ESSE? - Povo independente, digno, é o povo capaz de andar com as próprias pernas. Deu pra entender ou é preciso desenhar? 

JEITÃO BRABO - Todo mundo, para sobreviver nesse mundo, tem que ter um “Q” de dissimulação. Faz parte do jogo. Agora, viver de maneira dissimulada é algo inadmissível, porém, no Brasil, tornou-se regra indispensável, tamanha a canalhice reinante.

DUAS PEDRAS DE TOQUE - Dignidade e prestatividade não devem, jamais, serem dissimuladas. Isso é algo que os biltres de todas as espécies deveriam saber. Aliás, não se deve, de modo algum, confiar na dissimulação de honradez de um canalha, pois eles sempre são mais do que suspeitos. E esse é um erro que as almas desavisadas não podem se dar ao luxo de cometer. Não mesmo.

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