Compreender o que é “nossa vontade” e diferenciá-la da vontade da sociedade e da carne e aprender a realizar a Vontade de Deus, é uma tarefa fundamental em nossa vida que, em regra, exige o esforço intelectual e moral de uma vida inteira. Tais considerações vão de encontro com o que nos ensina Thomas Merton em seu livro AMOR E VIDA, onde o mesmo nos diz que: “O homem maduro compreende que a vida afirma-se melhor não ao se adquirir coisas para si, mas ao doarem-se tempo, esforços, força, inteligência e amor a outros. Aqui começa a aparecer um tipo diferente de dialética entre vida e morte. Com o ‘fim’ de sua inclinação para a auto-satisfação e a sua reorientação em direção e para os outros, o impulso de vida, a satisfação vital transcende-se a si mesma. ‘Morre’ no que diz respeito ao ego, pois o eu é privado das satisfações imediatas que poderia reivindicar sem ser contestado. [...] Portanto, a vida ‘morre’ para si mesma no intuito de se dar e, assim, afirma-se com mais maturidade, mais fertilidade e mais plenitude. [...] Esse morrer é fruto da vida, prova de um viver maduro e produtivo. É, de fato, a finalidade ou a meta da vida”.
Dartagnan da Silva Zanela,
Em 17 de abril de 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário