Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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O AMOR É SIMPLES, MESMO QUE DIGAM O CONTRÁRIO

Escrevinhação n. 803, redigida em 08 de janeiro de 2009, dia de Santo Severino, lido no casamento de sr. Élcio e da sra. Gisiéli realizado no dia 09 de janeiro de 2010.

Por Dartagnan da Silva Zanela

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Casamento. Muitos sonham com essa celebração. Outros correm dela. Mas ambos o fazem pela mesma razão, mesmo que por motivações contrárias uma à outra. Casamento é compromisso. Comprometimento não simplesmente de uma pessoa para com a outra. É obrigação firmada e aceita de livre e espontânea vontade de duas pessoas para com Deus. Esse é o sentido da união conjugal, de pessoas que se amam e afirmam esse amor em frente ao altar e diante da comunidade.

Desta união nasce uma família. Uma nova família. Esta, para ser família de fato, deverá honrar a filiação que todos temos e que devemos nos esforçar para nunca esquecer: somos filhos de Deus e celebramos, com alegria, este momento que por meio dos ensinamentos de Nosso Senhor, fez-se Sacramento.

Mediante esse gesto, não se santifica apenas a união deste jovem casal. Através de cada casamento celebrado no altar e vivido imerso no amor, santifica-se a vida como um todo. Através de cada novo casamento realizado, todos nós, aqui presentes, renovamos as nossas promessas diante do mesmo altar.

O amor! Ah! O amor. O amor não é afeto, não é caricia. O amor é uma ação de devoção, é sacrifício gracioso feito de uma pessoa por outra em nome de algo imensuravelmente maior que as forças físicas da carne e que está, necessariamente, para além da nossa compreensão. Quem ama nada espera além da realização plena do que há de bom na alma amada. Amar é permitir-se sorrir por participar ativa e passivamente da felicidade daqueles que amamos, daqueles por quem somos capazes de sacrificar a nossa própria vida.

Por isso é fundamental que não confundamos a santidade do amor com o culto das reles paixões, com as pífias e fugidias atrações carnais, com prazer mundano e tutti quanti como com tanta freqüência ocorre em nossa sociedade. O amor conjugal é um gesto de cumplicidade de um homem para com uma mulher na realização da vontade de Deus. Isso, e apenas isso, torna essa união abençoada. Isso é amor. O resto é conversa fiada para consultoria psicológica. É colóquio flácido para acompanhar copo de desocupado que ocupa boteco.

Sem mais delongas, o amor dá frutos. O amor deve dar frutos para ser amor. O amor, como já havia dito, é uma ação, um gesto de partilha e, por isso, essa felicidade testemunhada por nós dará bons frutos que, um dia, também desejarão partilhar essa felicidade herdada com outra pessoa nascida de outra partilha amorosa similar onde, vocês, com a graça divina, poderão testemunhar, como nós, a realização e continuação das promessas do Pai através da união de dois olhares enamorados, Sacramentados, por meio dos votos proferidos diante do altar.

Sejam felizes. Não. Sejam muito felizes e dêem ao mundo um testemunho vivo do amor de vocês, do amor que aprendemos com a Sagrada família. Esse gesto, essa ação, a felicidade nascida deste amor será o testemunho vivo e radiante do amor de vocês por todos nós que aqui estamos para nunca esquecermos da singularidade deste momento, da essência vida, da verdade do amor.

Pax et bonum
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Blog: http://zanela.blogspot.com

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