PRATICAMENTE NO INÍCIO DE TODO ano letivo discute-se nos
círculos de professores que seria muito mais producente se as turmas de ensino
médio, e mesmo as de Ensino Fundamental, não fossem tão numerosas como,
atualmente, o são.
Sim, tal discussão é justa e pertinente, porém, de minha
parte, e de modo caipiresco, colocaria mais um temperinho picante nesse angu.
Pergunto: por que hoje em dia é tão difícil encontrar
quarenta e tantas almas que possam ser reunidas numa sala e que estejam, de
fato, interessadas em assistir algumas aulas diariamente? Por quê? Será que nos
tornamos tão inquietos que não mais somos capazes de centrarmos nossa atenção
em algo que vá além de nossa curiosidade vã e desordenada? O que as famílias
tem feito a respeito disso? Ou seria todo esse desassossego algo normal?
Penso, sinceramente, que essas questões, em matéria de
educação, são muito mais urgentes que a aquela que primeiramente fora
apresentada nessa sucinta escrevinhada e, por serem urgentes, elas sejam tão
despudoradamente desdenhadas por todos nós.
(ii)
QUANDO IGNORAMOS O VALOR DO TEMPO que temos em nossas mãos,
quando o desperdiçamos com toda ordem de futilidades, perdemos não apenas
inúmeras oportunidades para prosperarmos materialmente e ocasiões para
crescermos moral e intelectualmente, mas também e principalmente, nos perdemos
de nós mesmos.
(*) Apenas um caipira
bebedor de café.
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