Certa feita o filósofo Olavo de Carvalho havia escrito em um de seus artigos que a única diferença que há entre e educação no Brasil e o crime organizado é que o crime é organizado. Complementaria tal dito afirmando que o segundo sabe o que o que está fazendo, o primeiro, no máximo, tem apenas uma vaga noção. Para alguns, tais palavras podem parecer absurdas, mas vejam só esse caso que é deveras ilustrativo: em um encontro regional de educadores um burocrata responsável pela orientação destes, diante da perplexidade dos professores frente ao analfabetismo funcional gritante dos alunos (no ensino médio e fundamental), disse que isso não seria tão importante não. O principal é que eles, os alunos, desenvolvam uma visão crítica, o resto seria secundário. Ops! Espere aí: como é possível desenvolver essa tal de criticidade se os alunos não estão sendo devidamente munidos com as ferramentas basilares para tal intento, que saber ler e escrever razoavelmente bem? Provavelmente o burocrata em questão não havia meditado devidamente sobre o que disse e, principalmente, sobre o que tem feito na seara do educar. E depois as Potestades Estatais querem ser levadas a sério em seu esforço em nome disso que eles indevidamente chamam de “educação”.
Dartagnan da Silva Zanela,
em 10 de maio de 2009.
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