Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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A BAIXEZA NOSSA DE CADA DIA

Escrevinhação n. 1083, redigida entre os dias 01 de janeiro de 2014, Solenidade de Santa Maria, Mãe do Príncipe da Paz, e 03 de janeiro de 2014, dia de Santa Genoveva.

Por Dartagnan da Silva Zanela


1. 
Nunca exigir dos outros mais do que eles são capazes de nos dar. Assim nos ensina Carlos Drummond de Andrade. Mas nós, infelizmente, nutrimos, na maioria das vezes, uma expectativa desproporcional frente ao que nossos pares podem nos ofertar.

Aí ficamos macambúzios, zuretas, decepcionados. E por quê? Porque aguardamos do outro aquilo que temos, praticamente, certeza que não pode nos oferecer.

De mais a mais, na maioria das vezes, oferecemos aos outros uma porção ínfima daquilo que seríamos capazes de oferecer e cremos que esse mínimo seria uma demonstração de magnanimidade de nossa parte. E o pior é que nem nos tocamos deste papelão.

No frigir dos ovos, nossa espera é desmedida devido a nossa mesquinhez. Mesquinhez que não desejamos reconhecer.

2.
A canalhice, no Brasil, não é artigo de luxo. Pelo contrário! É condição sine qua non para sobrevivência dum indivíduo, mesmo que ele não seja um canalha.

Se a afirmação soa estranha, explico-me. O Brasil é um país de canalhas, pelos canalhas e para os canalhas, mesmo que a maioria de seus filhos sejam pessoas de boa inclinação.

Feito meretriz de quinta, nossa mátria idolatrada se enamora dos piores biltres e deixa-se guiar por eles abandonando a grande multidão de seus filhos à própria sorte.

Em vista disso, todo homem de bem, tem que ser capaz de pensar feito um calhorda, de imaginar as mais variadas situações da vida através dos múltiplos cenários que podem ser orquestrados por um canalha para poder, deste modo, se defender e sobreviver aos assédios imorais da horda de patifes.

Resumindo: o canalha é o que é: uma massa fecal travestida de gente. Nada mais, nada menos que isso. E o cidadão que deseja defender-se desta laia deve, sem pestanejar, aprender a pensar como eles sem, todavia, passar a agir como um.

Pax et bonum
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