Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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DIRETO DO MUNDO DA LUA – PARTE XIV

Por Dartagnan da Silva Zanela

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[i] Verdade seja dita: aqueles que pegaram em armas para lutar contra o regime militar não o fizeram em nome da democracia, nem em favor da liberdade. O fizeram por discordarem da coloração do regime de exceção. Apenas isso. Não queriam restaurar a normalidade democrática não. Eles ansiavam, sim, implantar a anormalidade socialista em nossa nação. Por essa razão, e por estarmos em plena guerra fria, os milicos enjaularam a democracia para combater o comunismo. O tempo passou, a ditadura brasileira acabou, a democracia foi libertada e, agora, está sendo lentamente sufocada por aqueles que pegaram em armas e por seus herdeiros. Eles estão realizando um sonho antigo e fazem isso sob a alegação canalha de que não estão matando-a, mas sim, realizando-a plenamente, como nunca se viu antes na história de nossa pátria que, ao que tudo indica, não é mais nossa.

[ii] Cláusula número um para uma conversa sobre o Cristianismo com alguém que acredita que veio do nada e que para o nada irá voltar: (i) o Cristão deverá trazer para a plateia cem pessoas que transfiguraram-se para melhor depois que se converteram. (ii) O devoto do nada (ateu) deverá apresentar cinquenta pessoas que tornaram-se seres humanos melhores por terem abandonado a fé em Cristo. Simples assim.

[iii] Conta-nos Johann Goethe que havia em tempos imemoriais uma lamparina encantada. Essa quando colocada no interior duma morada, por mais modesta que fosse, ficava maravilhosamente alumiada. Enricava seu interior e exterior. A lamparina referida pelo poeta é o Santo Evangelho de Nosso Senhor que enche de encantos a vida humana, por mais simples que seja, e cobre de glórias todas os deveres a afazeres, por mais humildes que eles sejam.

[iv] Malba Tahan ensina-nos que por não termos a menor ideia do que podemos fazer acabamos por nos entregar a lamurias que, aparentemente, nos trazem algum conforto por nos eximir de toda e qualquer responsabilidade pelas possibilidades que escolhemos. Em resumo: é a autopiedade nos pegando no colo. Porém, conforme nos lembrar o autor d'O homem que calculava, as tentações nos mostram o que somos e de que material é feito o nosso caráter. Por isso, não nos entreguemos a autopiedade de modo algum. É feio e, de mais a mais, ela é péssima conselheira e tem bafo de cachaça medonho.

[v] É frequente em nossa sociedade ouvirmos uma e outra alma sebosa afirmar que o mais importante é a prática, a dita experiência. Bem, vamos direto ao ponto: quem muito gosta de afirmar isso não tem experiência alguma (e se tem é de pouca valia). Segundo ponto: obviamente que esse tipo de sujeito não se encontra conscientemente munido duma boa teoria para alumiar a sua caminhada experiencial e, por isso, vale lembrar que toda e qualquer experiência é sempre, por definição, limitada e, necessariamente, só pode ser completada e compreendida à luz duma boa teoria conscientemente adquirida.

[vi] É preciso parar para centrarmo-nos em nosso lavoro. Porém, nada poderemos realizar se nos entregarmos ao imobilismo. Por isso, nada de desídia e muito menos de agitação descabida. Sejamos tranquilamente ativo e ativamente tranquilos. Ponto.

@dartagnanzanela
http://zanela.blogspot.com

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