Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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DIÁRIO DE CLASSE – parte X

Por Dartagnan da Silva Zanela


[i] É comum ouvirmos um e outro sujeito afirmar que a verdade não existe, que tudo é relativo, que todo ponto de vista não passa da vista dum ponto. Pois bem, mas o que há entre um e outro ponto? A realidade e, consequentemente, a verdade, que não pertence nem a um, nem a outro e que, aliás, independe da existência de ambos.

É claro que sempre há aqueles que dirão, para legitimar a relatividade de tudo, que é impossível captar a totalidade da realidade e, por isso, tudo seria relativo. Não mesmo. O fato de nós não sermos capazes que captar a totalidade do real sinaliza apenas que nossa capacidade de captá-lo é limitada e relativa, não que ele o seja.

Enfim, concluir que a verdade é relativa simplesmente porque não somos capazes de chamá-la de nossa, em sua inteireza, é o mesmo que acreditarmos que Jennifer Lopez é relativamente bela só porque não podemos furtar-lhe um beijo. Seja como for, tanto nesse caso ou frente as observações feitas anteriormente, o melhor seria revermos nosso relativo ponto de vista que negar o óbvio ululante: que a verdade é absolutamente maior que nossa relativa capacidade e vontade de conhecê-la.

[ii] Se um sujeito insistir muito, mas muito mesmo, em dizer que a verdade não existe, ou que ela é relativa, faça o seguinte: dê-lhe um bom pé no ouvido. Isso mesmo! E o faça por pura caridade. Se ele olhar pra você com os olhos vertendo sangue de raiva e lhe perguntar porque você bateu nele, responda, com angelical candura, o seguinte: bater? Eu não lhe bati não. Isso foi apenas um carinhoso afago. Isso mesmo! Conforme você disse, se tudo é relativo, meu safanão brucutu, no seu ponto de vista, no meu não passa dum afetuoso carinho.

[iii] É de fundamental importância que compreendamos que antes de falarmos ou realizarmos algo, é necessário que nos preparemos devotamente para tanto. Um grande profissional do esporte não nasce da noite pro dia, por exemplo. Ele pode até ter, e muitas vezes o tem, um talento inato para o borogodó, porém, se esse talento não for devidamente lapidado, definha, morrendo sem ao menos quebrar a casca.

O mesmo vale para todos os jovens que estão atracados em seus estudos. Esse é um momento de preparação, de recolhimento para, num futuro não muito distante, mostrar a todos ao que veio.

Por essas e outras que o embaixador J. O. de Meira Penna, em seu livro “O Brasil na idade da razão”, dizia que ele confiava muito mais nos jovens que mantem-se silenciosos, preparando-se para servir à sociedade, do que naquela multidão barulhenta que acredita que com sua impostura [depre]cívica estaria, entre uma borracheira e outra, construindo um mundo melhor.

[iv] Uma sociedade razoavelmente melhor se constrói com sacrifício e trabalho, não com gritos histéricos e beicinhos de militontos amestrados em resposta aos apelos de seu adestrador mor.

[v] Qual é o significado duma derrota? Qual é a importância duma determinada vitória? Essas duas perguntas são fundamentais, desde que se tenha um projeto de poder para ser realizado em médio e longo prazo. No correr de sua execução, as estratégias mudam, conforme a avaliação da conjuntura, para a realização da finalidade almejada. Porém, caso tal plano inexista, tais perguntas não fazem muito sentido.

[vi] Estrategistas traçam suas ações com vistas a realização dum objetivo. As estratégias e ações, com o correr do tempo podem até metamorfosear-se da água para o vinho; o intento final não. Oportunistas de ocasião, por sua deixa, são incapazes de compreender e reagir aos planos dum grupo político que sabe o que deseja, haja vista que eles não conseguem pensar para além das mesquinharias correntes que levam, no máximo, a uma virtual vitória numa eleição.

http://dartagnanzanela.k6.com.br/ 

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