Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(i)
Na atual conjuntura política, que
vislumbra uma eventual eleição indireta para presidento (ou presidenta), se a
mim pedissem para indicar um candidato a mais elevada cadeira dessa república
das bananeiras, com certeza iria sugerir, sem pestanejar, o nome do meu
cachorro mais velho, o Percy. Ele é um cabra bão, de confiança e tem uma larga
experiência em morder tudo o que não presta. É isso! Está aí meu candidato:
Percy! Um presidento que é o cão.
(ii)
Para salvar uma alma perdida,
imersa nas trevas de si e do mundo – sombras plúmbeas que são orquestradas pelo
inimigo - basta a luz de uma vela, o sussurro de uma prece feita com reta e
sincera intenção para que o corações transviado entregue-se nas mãos Daquele
que bem nos conhece e que, por isso mesmo, nos ama e quer nos salvar de nós
mesmos, de nossas fraquezas e de nossa fácil inclinação para o desespero.
(iii)
Defender o senhor Lula da Silva,
motivado por confessas convicções ideológicas que sua imagem representa – mesmo
que essas convicções sejam equivocadas do princípio ao fim – é um direito que
assiste a todo aquele que assim procede. Agora, ficar repetindo mecanicamente
um punhado de palavras de ordem para defender o excelentíssimo senhor sem
vergonha achando que isso é sinônimo de elevada inteligência e distinta postura
ética - dizendo que não há nada provado contra ele e blábláblá - pode até ser
um direito daqueles que agem assim, entretanto, é o cúmulo da sonsice engajada
advinda duma militância demente ou duma simpatia ideológica inconsequente. Só
isso e olhe lá.
(iv)
Só para constar: aquele que disse
que a responsável por tudo seria sua excelentíssima senhora falecida é o mesmo
que fez do velório da referida um vil palanque político - em misto com
declarações auto lisonjeiras e comiserações egolátricas. E tem mais! Esse
sujeito é o senhor que declarou em alto e bom som que não há no Brasil uma viva
alma mais honesta que ele; é o mesmíssimo camarada que, certa feita, em Roma,
após comungar sem se confessar, afirmou que fez isso porque não tinha pecado
algum. Ecce homo. Esse é o homem idolatrado pela rubra multidão.
(*) Professor, cronista e
bebedor de café.
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