HOMILIA DO PAPA BENTO XVI, domingo, 13 de Janeiro de 2013.
[...] Sabei oferecer-lhes sempre o vosso bom exemplo, através do exercício das virtudes cristãs. Não é fácil manifestar abertamente e sem comprometimentos aquilo em que acreditamos, de modo especial no contexto em que vivemos, perante uma sociedade que considera muitas vezes fora de moda e fora do tempo quantos vivem da fé em Jesus. Na onda desta mentalidade, pode haver inclusive entre os cristãos o risco de entender a relação com Jesus como limitadora, como algo que mortifica a própria realização pessoal; «Deus é visto como o limite da nossa liberdade, um limite a ser eliminado, a fim de que o homem possa ser totalmente ele mesmo» (A infância de Jesus, 101). Mas não é assim! Esta visão demonstra que nada entendeu da relação com Deus, pois é precisamente na medida em que se procede pelo caminho da fé, que se compreende como Jesus exerce sobre nós a acção libertadora do amor de Deus, que nos faz sair do nosso egoísmo, do facto de permanecermos fechados em nós mesmos, para nos levar a uma vida plena, em comunhão com Deus e aberta aos outros. «“Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele” (1 Jo 4, 16). Estas palavras da primeira Carta de João exprimem, com clareza singular, o centro da fé cristã: a imagem cristã de Deus e também a consequente imagem do homem e do seu caminho» (Encíclica Deus caritas est, 1). [leia o texto da homilia na íntegra clicando aqui]
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