Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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APONTAMENTOS CÁUSTICOS

Escrevinhação n. 1015, redigido entre os dias 25 de junho, dia de São Máximo e de São Guilherme Vercelli, e 27 de junho de 2013, dia de São Cirilo de Alexandria e de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Por Dartagnan da Silva Zanela


1. Certa feita, um velho amigo meu disse-me que, em regra, as pessoas mais insignificantes e vazias são justamente as que mais se esforçam em chamar a atenção de todos nos momentos e nos lugares mais inapropriados. A cada dia que passa, a cada noite que finda, suas palavras se apresentam diante de minhas vistas e ecoam em meus ouvidos através dos exemplos mais esdrúxulos que confirmam as observações daquele bom homem, o qual não cito o nome, que atentamente observa o triste espetáculo do devir humano.

2. Uma graça vermos certas almas queixosas a lamentar os atos de vandalismo que se fizeram presentes nas manifestações que tomaram conta do Brasil. Não que eu aprove tais atos, não mesmo. O que me espanta, para não dizer que faz-me rir, é ver essas criaturas cândidas, boazinhas, escandalizarem-se com a depredação do patrimônio público e privado, sendo que, a vida toda, sempre elogiaram e defenderam terroristas e assassinos que vão desde Che Guevara até os narco-terroristas das FARC. Ué! Decidam-se meninos: vocês são ou não são a favor de atos de depredação ou apenas são contra nesta ocasião?

3. Direto do artigo THE WALKING DEAD de Gustavo Nogy. Diz-nos ele: “É PRECISO MUITA violência para se fazer protesto pacífico, decerto. Nada mais violento do que o pacifismo das multidões. Chego em casa, ligo a TV e estão protestando contra rigorosamente tudo. Contra rigorosamente nada.[...] E a multidão é aquilo que se sabe: movimento bruto, força da natureza”.

4. Muitas famílias perecem, é fato. Um bom tanto de crianças vive à míngua largada à sua própria sorte que, por sua deixa, é parca. Todos sabem e, outro tanto, fingem importar-se. Nos dois casos, em especial no segundo, uma diga que dispensa troco: gastar um pouco menos do seu rico dinheiro tolamente “investido” em baladas loucas e indumentárias mórbidas para estender a mão àqueles cujo sofrimento causa-nos indignação seria um belo gesto e um bom começo. Isso mesmo, meu caro Watson, infelizmente, temos muitas palavras de ordem na boca e pouquíssimo amor no coração.

5. Não se pode derrotar o que não se compreende e não há nada mais truncado no horizonte do brasileiro que o quadro político atual. Sim, todos vêem a corrupção e a crise econômica em gestação, mas ambas são sintomas do mal reinante, não as causas efetivas. Podemos dizer que tal situação seria similar a dum infante que sofre com uma forte dor de cabeça e sai pelas ruas batendo seu cocuruto para chamar a atenção de alguém para acudi-lo. Quem o acudirá? Não se sabe. Mas uma coisa certa: ele sabe onde dói e isso, já um bom começo.

6. Aquele que precisa lembrar aos outros que é Rei, não o é de fato. Aqueles que construíram sua carreira sob a constante repetição de que são membros do partido ético nunca procederam, de fato, de modo reto. Até crêem nisso, que representam os mais elevados valores, porém, tal crença, apenas serve para justificar os mais disparatados atos de corrupção imaginando que fazem tudo isso em nome de algo que julgam ser mais real que a própria realidade. Eis, em poucos traços, um retrato do comuno-petismo.

Pax et bonum
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