Por
Dartagnan da Silva Zanela (*)
(i)
Há
dois tipos de leitores: os que leem para conhecer e os que dizem ler para parecer
que leram algo.
(ii)
Há
dois tipos de amigos do povo: aqueles que vivem anonimamente suas próprias
vidas e que auxiliam os necessitados na medida de suas limitações e aqueles que
dizem falar em nome do tal do povo para poderem tomar o Estado de assalto e
locupletar-se sob a áurea justificativa de estar fazendo todo o possível para
socorrer os desvalidos da nação, realizar a tal da justiça social e blábláblá.
(iii)
A
consciência indolente é amicíssima do apedeutismo politicamente engajado.
(iv)
Todo
rufião populista tem a sua matilha de vira-latas militantes, sempre de
prontidão, para defendê-lo de qualquer coisa que soe, aos seus ouvidos caninos,
como sendo uma virtual ameaça ao seu dono. Ah! E como eles ficam faceiros
fazendo isso. Chega ser bonito de ver, tamanha a comicidade da cena.
(v)
Todo
indivíduo, inclinado ao servilismo, não consegue viver sem idolatrar um senhor.
Tal tipo humano é incapaz de viver sem ter um amo pra pensar que é só seu e,
por isso, ele fica noite e dia de prontidão adulando-o, mesmo que distante,
zelando da sua reputação como todo bom capachão faz para que ninguém, em sã
consciência, duvide de que ele seja um escravo devotado e, para que todos
saibam exatamente quem é seu senhorio.
(vi)
Gosto
de brincar com as palavras feito um moleque travesso; gosto de movê-las de lá
pra cá feito guri que brinca com bolas de gude no quintal da escola no horário
do recreio.
(*)
Professor, cronista e bebedor de café.
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