Por
Dartagnan da Silva Zanela (*)
(i)
Quando a esquerda começa com
essa folia de acirrar o uso do velho estratagema de ficar nazificando a imagem
de seus adversários e desafetos políticos, pode ter certeza de que ela o faz
não porque está se sentindo acuada, com medo. Nada disso. Ela assim procede
porque está ardilosamente preparando-se para investir todas as suas forças num
contra-ataque agressivo para retomar o controle amplo e irrestrito da situação que
foi por hora perdido. Só não vê isso quem está pra lá de atordoado. E põem atordoado
nisso.
(ii)
Qualquer um que não tenha
procurado entender a centralidade da cultura e da história europeia para podermos
compreender a história e a cultura contemporânea, bem provavelmente, não parou,
nem por um instante, pra pensar que praticamente toda a mentalidade
antieuropeia tem suas raízes nas ideias que foram paridas por um punhado de
intelectuais ocidentais.
(iii)
Quando estamos muito mais
preocupado com as emoções boazinhas que nossas ideias possam despertar do que
com as reais consequências que podem ser desencadeadas por elas; quando estamos
preocupadíssimos com as reações raivosas que nossas palavras podem vir a
provocar sem nos importarmos muito com o que de fato estamos dizendo, é porque
nossa alma já foi colocada de joelhos pelo que há de mais pérfido na sociedade
contemporânea.
Qualquer um, qualquer um mesmo,
que se permite cair no desfrute de ser chantageado pelo politicamente correto,
pelo marxismo cultural, pelo relativismo moral e suas e demais crias, sem o
saber, já encontra-se mentalmente escravizado por querer tolamente conquistar o
afeta daqueles que o odeiam.
(iv)
Lembre-se: qualquer um que
insista em defender Maduro como sendo um democrata incompreendido e em dizer que
o tal do bolivarianismo é uma ideologia política respeitável, de fato,
mereceria receber de nossa parte o mesmo tratamento que a ditadura venezuelana
impõem aos seus opositores. Mereceria, mas, como não somos cínicos como eles,
procuremos dar-lhes tão somente todo o nosso gélido desprezo após, é claro, um
olímpico vá tomar no fiote.
(*)
Professor, cronista e bebedor de café.
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