Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(i)
NÃO SOU PROFISSIONAL de patavina nenhuma e em nada que
realizo. Sou apenas um irresoluto e confesso amador. Amo tudo o que faço e, sem
não amo, procuro fazer por amor.
(ii)
A PALAVRA É UM DOM PRECIOSO, preciosíssimo, para ser
desperdiçada com nossas frivolidades do dia a dia que apenas fazem inchar o
nosso ego vaidoso e cegar a nossa alma desordenada.
(iii)
O CABOCLO QUE DIZ CRER APENAS naquilo que seja uma verdade
cientificamente comprovada, em regra, não passa dum crédulo tonto que ignora o
que seja uma prova, que não sabe como se pratica uma ciência e que desdenha
soberbamente o que seja a dita cuja da verdade.
(iv)
O TEMOR DO SENHOR, COMO TODOS SABEMOS, é o princípio da
Sabedoria; a presença total da realidade é a fonte primeira dela. Como
dissemos, todos sabemos disso e, mesmo assim, preferimos muitas vezes guiar
nossos atos, gestos e palavras pelo temor que nos é semeado pelas levianas
línguas e maliciosos olhares do mundo que anseiam nos reduzir a total
mediocridade, como se a estultice preguiçosa e conveniente fosse fonte de
alguma coisa que valha.
(v)
QUEM NÃO RESPEITA, DE MODO REVERENTE, a soberana presença da
realidade, por mais que se julgue crítico e esclarecido, não passa de um idiota
presunçoso que, tolamente, projeta suas preconcepções a respeito de tudo e
todos sobre o real e passa a trata-las como se fossem a própria realidade dos
fatos da vida. Para esse tipo de caipora a realidade seria apenas, e tão
somente, aquilo que se encaixa perfeitamente em seus esqueminhas mentais
ideologizados. E se, por ventura, algo não se enquadrar perfeitamente em seus
cacoetes cerebrinos, para ele, pro caipora, isso seria uma forma malvada de
alienação que alguém, ou algo, está querendo impor à sua consciência
criticamente crítica.
(*) Professor, caipira,
cronista e bebedor de café.
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