Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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NÃO NOS DEIXEIS CAIR

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(1)
Viver dignamente e morrer de maneira honrada; duas coisas que o homem moderno extirpou do horizonte de sua existência, transformando sua vida num mesquinho vagar hedonista, reduzindo sua distinção a um reles perambular sem sentido de um nada para lugar nenhum.

(2)
Uma época onde almas bestializadas reivindicam (depre)civicamente o “direito” de serem objeto de cobiça sexual (de usar um indecoroso shorts); uma época onde acadêmicos, doutamente ignorantes, ultrajam o bom-senso, ficando nus numa apresentação de um trabalho (ou algo do gênero) é uma sociedade que está lavorando cinicamente para sua autodestruição, reduzindo a dignidade humana a um nível bem abaixo do animalesco e, com isso, cavando a sua própria sepultura.

(3)
Muitas músicas tocam profundamente minha alma ao ponto de apenas bastar ouvir os primeiros movimentos e acordes que já sinto minha garganta engasgar e meus olhos em lágrimas marejar. Adiós Nonino, de Astor Piazzolla é uma delas; As cantigas de louvor a Virgem Maria, de Afonso X, o sábio, estão gravadas em meu ser; mas, com toda certeza, Metal contra as nuvens, da Legião Urbana, é singular, ela faz minha alma estremecer como se eu estivesse diante dos umbrais da Pátria Celeste.

(4)
Tem gente que procura disfarçar sua incapacidade de cuidar da própria vida fingindo importar-se com a desventura alheia.

(5)
A moralidade da sociedade brasileira contemporânea está tão curta quando um shorts despudorado e o bom-senso tão arruinado quando nossa economia.

(6)
O senso de responsabilidade é a alavanca mestra que impulsiona a inteligência, disciplina a vontade, e as paixões, à luz da razão.

(7)
Ensinar a importância dos limites é educar. Viver e compreender a importância dos limites é amadurecer.

(8)
Seguir e obedecer os nossos desejos é algo profundamente animalesco. Não há nada para nos orgulhar nisso. Querer transformar esse destemperamento da alma em fonte de direito nos reduz a uma condição de fragilidade e dependência total; verdadeiros escravos da carne e dos olhos. Enfim, não nos esqueçamos que o que nos faz humanos, não é a satisfação de todos os nossos quereres, mas sim, a nossa capacidade de contrariá-los.

(9)
Todo aquele que diz sim aos seus desejos poderá tornar-se um escravo dos vícios, um depravado. Todo aquele que ousa dizer não para os seus quereres poderá realizar pequenos e grandes atos de magnanimidade. Na primeira hipótese está a raiz de toda a nossa miséria espiritual; na segunda, o alicerce de todo a nossa grandeza.

(10)
Trabalhar com amor e esmero é uma prece silenciosa, uma maneira humildade de participar da obra do Criador.

(*) professor e cronista.


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