Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(1)
Os problemas, em matéria de
educação, não são abordados com o claro intento de resolvê-los de maneira
minimamente razoável. Não mesmo. Na verdade, os problemas educacionais, dum
modo geral, são atacados duma forma viciosa e circular, onde todos acabam
agindo de modo similar a uma matilha de cães correndo atrás de seus respectivos
rabos e, fazendo isso, acham que estão realizando algo que preste.
(2)
Propor uma solução viável para um
problema que ninguém quer resolver é uma arte levada muitíssimo a sério nessas
terras de desterrados; arte essa que vem obtendo a plena realização de seus
mais viscerais propósitos que é simplesmente a realização da frivolidade das
nulidades.
(3)
Para realizar atos significativos
não é tão importante sonhar não. Todavia, ser capaz de suportar titanicamente
frustrações e derrotas com altivez é imprescindível para que tais atos sejam
realizados com maestria.
(4)
Uma sociedade fundada na inveja e
no ressentimento, na desídia moral e intelectual, não tem como não se
brasilianizar.
(5)
Seria risível, se não fosse
trágico, vermos pessoas esclarecidas – que, ao menos, se consideram assim –
conversando mui seriamente sobre os últimos babados que vem rolando no
famigerado BBB. Pior! Fazem isso sem perder a pose de sabidas e a empáfia da
dita e indigesta criticidade que, por sua deixa, torna o quadro mais
sorumbático ainda.
(6)
A mulher é o termômetro moral
duma sociedade. E ela o é porque tudo inspira. Corrompendo-se a alma feminina,
mutilando a sua dignidade e depravando a sua imagem, a decadência geral
torna-se inevitável. E assim o é porque ela tudo inspira.
(7)
A idiotia em nosso país é difusa
e profícua, todos sabem disso. Porém quando o assunto é igualdade, igualitarismo
e equidade e, principalmente, quando o farsesco bom-mocismo crítico fala em
nome desses trens fuçados, a estultice abunda sem a menor cerimônia ou
restrição. Pois é, tem que se ter uma paciência de Jô pra aturar tamanha
autocomiseração.
(8)
O vaidoso adora gabar-se de sua
nulidade empavonando-a com méritos e dignidades histrionicamente imaginados.
(9)
Todo aquele que almeja a
abundância sem auto-sacrifício não passa dum cretino egoísta e mimado que
acredita que o mundo existe unicamente para servi-lo, principalmente se o
caipora imagina-se ser o contrário disso.
(10)
O cético empedernido é aquele
sujeito que credulamente acredita que algo não pode ser explicado para melhor
cultivar aquela pose afetada de portador da tal (in)consciência crítica.
(11)
Que a nossa inclinação para a
misericórdia seja sempre maior que nosso indignado clamor por justiça.
(12)
Todo aquele que vive de maneira
leviana sempre encontra um pretexto para não realizar os seus deveres mais
elementares.
Todo aquele que traça sua vida
tendo um firme propósito como objetivo, realiza-se sempre como pessoa, pouco
importando a circunstância que o devir dos dias lhe apresentar.
(13)
Maldade e ignorância são o verso
e o reverso da mesma moeda suja.
(14)
A maior treta utilizada pelos
esquerdopatas, pra tirar o seu da reta, é opor à verdade dos fatos ululantes da
presente crise uma série de mentiras a priori pra tentar amenizar o vexame.
Mentiras que ninguém engole; ninguém mais aguenta o cinismo dessas almas ideológica
e moralmente despudoradas.
(15)
Toda vez que tenho minhas vistas,
e meus ouvidos, agredidos pelas produções fecais que se convencionou chamar de
arte contemporânea - que no fundo não passam de desgraças inomináveis – de pronto
lembro-me das pontuais palavras de Roger Scruton que nos ensina que os
artistas, os de verdade, não são esses caiporas pestilentos que avacalham toda
e qualquer tradição; artistas são os sujeitos que se apresentam como seus
derradeiros defensores. Qualquer coisa diferente disso, não é artista não; é
gambiarra.
(16)
Apenas nos tornamos efetivos
construtores do futuro quando nos portamos como altivos depositários do
passado.
(17)
As verdadeiras amizades somente
são forjadas quando estamos em marcha rumo à pátria celeste.
(18)
Se não houver o reconhecimento de
uma lei divina inscrita no coração dos homens de vereda todas as obrigações
morais perdem o seu sentido de realidade.
(*)
professor e cronista.
e-mail:
dartagnanzanela@gmail.com
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