Por Jeffrey Nyquist
Se você quiser entender a base da liberdade e do livre mercado, então você deve ouvir o testemunho do magistrado da Suprema Corte dos Estados Unidos, Antonin Scalia, em 05 de outubro de 2011, perante o Comitê de Justiça do Senado [1]. De acordo com Scalia, nossa liberdade é assegurada por meio da Constituição dos Estados Unidos da América. Infelizmente, segundo ele, nós não estamos passando adequadamente para a próxima geração os segredos da Constituição. Scalia encontra-se frequentemente com os estudantes das melhores escolas de Direito e pergunta a eles: “Quantos de vocês leram O Federalista?”; nunca vejo mais de 5% deles levantando as mãos. Sobre isso, Scalia diz: “Isso é muito triste... Aqui temos um documento expondo as pretensões dos Autores da Constituição. É uma exposição tão profunda das ciências políticas... ainda assim criamos uma geração de americanos que não estão familiares com ela”.
Scalia continua e pergunta por que os EUA é um país livre e o que o diferencia dos demais. Segundo ele, muitos dirão ser a Carta de Direitos [Bill of Rights] a base da nossa liberdade. Meneando a cabeça ele ressalta que “se o sujeito pensar que uma Carta de Direitos é um fator diferencial, ele está louco. Qualquer república das bananas mundo afora tem uma Carta de Direitos. Todo Presidente vitalício tem uma. A Carta de Direitos... da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas é melhor que a nossa”. Scalia lembra a seus ouvintes que uma Carta de Direitos são meras “palavras no papel, algo chamado pelos nossos Autores da Constituição de ‘pergaminho de garantias’. E o verdadeiro motivo é que a verdadeira Constituição (é uma estrutura)... e uma sólida constituição tem uma sólida estrutura... A constituição da União Soviética não impedia a concentração de poder em uma única pessoa ou partido. E quando isso acontece, é o fim do jogo...” [continue lendo]