Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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A BONDADE

Por Faulo Brighet

No país em que há 50 mil homicídios por ano; em que as principais forças políticas são o PT e o PCC; em que ídolos da juventude fazem a apologia do crime e da violência – é preciso aplaudir aqueles que ainda valorizam a bondade humana. Por isso, quero cumprimentar a RPC TV e a Fundação Dom Cabral pela iniciativa de criar o Prêmio Bom Exemplo.

Como se sabe, o Prêmio Bom Exemplo é conferido a pessoas que se destacaram por iniciativas de amor ao próximo em nossa comunidade. São indivíduos que praticam o bem sem segundas intenções; o bem puro que é pregado nos Evangelhos. Não por acaso, a palavra evangelho quer dizer “boa notícia”.

Fazer o bem não é defender a destruição do “sistema”, nem pregar o ódio entre classes sociais ou etnias. A bondade vem a ser o oposto da política revolucionária. Trata-se de uma livre opção humana, que nasce da consciência individual e se fundamenta no espírito de compaixão.

Na quarta-feira, em Roma, o papa Francisco abraçou longamente um homem acometido de neurofibromatose, terrível doença que provoca o surgimento de tumores por todo o corpo. Naquele homem desfigurado – como nas crianças vítimas do aborto –, Francisco vê a face de Cristo. Seu abraço é um exemplo vivo de bondade.

Enquanto o papa abraçava aquele homem, o vencedor do Prêmio Bom Exemplo não pôde receber a honraria na noite desta quarta-feira. Quis o destino que Hugo Gonçalves morresse no Dia do Professor, aos 100 anos, em Cambé. Conhecido como Paizinho, por cuidar de sucessivas gerações de órfãos, seu Hugo foi representado na solenidade por seu filho mais velho. “Em espírito, ele está aqui”, disse o filho do Paizinho. A bondade vence a própria morte.

Durante a solenidade, o amigo Almir Escatambulo enviou esta mensagem: “E então, o Ary ganhou?”. Ele se referia ao empresário Ary Sudan, presidente do Instituto dos Cegos, um dos contemplados pelo Prêmio Bom Exemplo. Respondi: “Não, Almir. Ele não ganhou. Quem ganhou foi você – e tantos outros que ele ajudou.” A bondade, meus amigos, tem olhos de ver.

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