Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

Pesquisar este blog

ENTRE HERÓIS E BONS-MOÇOS

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(1)
Herói é aquele que faz o que é necessário sem desejar ser glorificado; o faz ciente de que os medíocres acomodados sempre irão condená-lo.

(2)
O medíocre incompreende a natureza dum ato heroico porque seu coração é incapaz de reconhecer nada que se apresente acima de sua baixeza.

(3)
O herói, por definição, é aquele que se auto-sacrifica pra preservar a integridade de pessoas que, muitas vezes, jamais lhe serão gratas.

(4)
Herói é aquele que faz algo, muitas vezes desagradável, por amor ao próximo. O cretino é alguém que faz o que convêm por puro amor próprio.

(5)
A coragem abnegada sempre causa desconforto nos pusilânimes porque os humilha, revela a sua frivolidade e estoura o seu bom-mocismo afetado.

(6)
Onde há uma alma, digna ou não, fazendo algo pra salvar um inocente, sempre há um punhado de medíocres para condená-la e desmerecê-la.

(7)
Os Estatólatras acreditam candidamente que o Estado deve nos garantir tudo, mesmo estando cientes de que suas garantias não valem nada.

(8)
Inexistem heróis imbuídos de bom-mocismo simplesmente porque tal impostura moral é capaz apenas de gerar pusilânimes afetados.

(9)
O herói, seja quem for, faz o que é necessário não para ser ovacionado pelos medíocres, mas sim, para socorrer aos inocentes abandonados.

(10)
Se não fosse um bando de lordes justiceiros jamais a Magna Carta inglesa teria sido escrita e assinada pelo rei João Sem Terra.

(11)
Tudo que o pusilânime faz é para aparentar o quanto ele é uma pessoa “boazinha” ao mesmo tempo em que ele ignora totalmente o que o bem é.

(12)
Uns realizam algo acima da mediocridade geral por considerarem isso um dever moral; outros fazem apenas o que é medíocre pra poder aparecer.

(13)
Ignorar a existência do mal e negar-se a combatê-lo com todas as forças de nossa alma é uma forma ímpar de embrutecimento espiritual.

(14)
Sou madrugador, tal qual D. Quixote; esforçando-me para estar à altura da grande personagem de Dumas e pra não tornar-me uma figura kafkiana.

(15)
Os idiotas sempre reprovam a grandeza de caráter por não compreender o que leva uma alma a não ser e a não agir como um idiota feito ele.

(16)
O politicamente correto é ofensivo e imoral com seu bom-mocismo fingido, regrando os olhares e falas de todos na medida de seu cinismo.

(*) professor e cronista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário