Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(1)
Herói é aquele que faz o que é
necessário sem desejar ser glorificado; o faz ciente de que os medíocres
acomodados sempre irão condená-lo.
(2)
O medíocre incompreende a
natureza dum ato heroico porque seu coração é incapaz de reconhecer nada que se
apresente acima de sua baixeza.
(3)
O herói, por definição, é aquele
que se auto-sacrifica pra preservar a integridade de pessoas que, muitas vezes,
jamais lhe serão gratas.
(4)
Herói é aquele que faz algo,
muitas vezes desagradável, por amor ao próximo. O cretino é alguém que faz o
que convêm por puro amor próprio.
(5)
A coragem abnegada sempre causa
desconforto nos pusilânimes porque os humilha, revela a sua frivolidade e
estoura o seu bom-mocismo afetado.
(6)
Onde há uma alma, digna ou não,
fazendo algo pra salvar um inocente, sempre há um punhado de medíocres para
condená-la e desmerecê-la.
(7)
Os Estatólatras acreditam
candidamente que o Estado deve nos garantir tudo, mesmo estando cientes de que
suas garantias não valem nada.
(8)
Inexistem heróis imbuídos de
bom-mocismo simplesmente porque tal impostura moral é capaz apenas de gerar
pusilânimes afetados.
(9)
O herói, seja quem for, faz o que
é necessário não para ser ovacionado pelos medíocres, mas sim, para socorrer
aos inocentes abandonados.
(10)
Se não fosse um bando de lordes
justiceiros jamais a Magna Carta inglesa teria sido escrita e assinada pelo rei
João Sem Terra.
(11)
Tudo que o pusilânime faz é para
aparentar o quanto ele é uma pessoa “boazinha” ao mesmo tempo em que ele ignora
totalmente o que o bem é.
(12)
Uns realizam algo acima da
mediocridade geral por considerarem isso um dever moral; outros fazem apenas o
que é medíocre pra poder aparecer.
(13)
Ignorar a existência do mal e
negar-se a combatê-lo com todas as forças de nossa alma é uma forma ímpar de
embrutecimento espiritual.
(14)
Sou madrugador, tal qual D.
Quixote; esforçando-me para estar à altura da grande personagem de Dumas e pra
não tornar-me uma figura kafkiana.
(15)
Os idiotas sempre reprovam a
grandeza de caráter por não compreender o que leva uma alma a não ser e a não
agir como um idiota feito ele.
(16)
O politicamente correto é
ofensivo e imoral com seu bom-mocismo fingido, regrando os olhares e falas de
todos na medida de seu cinismo.
(*)
professor e cronista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário