Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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QUANDO A PACIÊNCIA CHEGA AO LIMITE

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)


AÍ NÃO DÁ PRA ENTENDER - Algumas situações vividas por certas pessoas chegam a ser gozadas. Bem gozadas mesmo.

Explico-me: não são poucas as almas que, agoniadas diante das dificuldades do dia a dia, clamam aos céus para que esses lhe abram novas janelas para arejar os padecimentos advindos das portas que lhe foram fechadas em suas ventas.

Clamam, imploram a todos os coros celestiais para que intercedam por elas e, quando atendidas, não compreendem, ou não aceitam de bom grado o que a brisa do destino lhes trouxe para a soleira de sua morada.

Diante de situações como essa, fico cá com meus alfarrábios, matutando, matutando e, caipiramente, concluo que, de fato, infelizmente existem pouquíssimas oportunidades em nosso país, atualmente; todavia, o que temos em maior abundância em nossa sociedade são almas de minguada vontade para aproveitar os bons ventos quando eles sopram; uma gana mirrada pra fazer germinar as sementes que foram depositadas nas trêmulas e desacreditadas mãos dos suplicantes do momento.

Enfim, meu caro, nesses casos, não sei, mas imagino que não há santo que socorra. Não mesmo.

EIS A QUESTÃO - Num país onde praticamente tudo é pra lá de reprovável, imagino que não deva haver lá muito mérito em ser aprovado.

De que vale ser reconhecido por uma sociedade que sistematicamente desmerece o tal do mérito? Não sei.

Bem, deve ter lá algum valor nisso, haja vista a grande procura pelas tais vãs glórias que são regularmente brindadas pela mesma a muitos, como direi, distintos cidadãos.

Na real, penso que a questão é saber o que está, de fato, sendo valorado nessas situações. Na verdade, imagino que seja melhor não saber isso não.

Por hora deixemos quieta essa infame questão.

É POR AÍ - Todo aquele se considera uma pedra angular da sociedade, que imagina ser uma pecinha insubstituível na mesma, na real, não é nada disso não.

Esse tipo de gente, invariavelmente, não passa dum reles e incômodo cascalho no sapato de todos. Só isso e nada mais.

BARBÁRIE VERTICAL - Quando o disforme, quando a aberração passa a ser tratada como algo não apenas aceitável, mas como sendo algo normal, é porque já estamos a dois passos da barbárie.

Quanto infantes sentem-se à vontade para dizer obscenidades numa sala de aula diante de suas professoras e colegas, cônscios de que nada pesará sobre seus petulantes ombros, é porque a barbárie já chegou e está dizendo que veio pra ficar.

(*) professor e cronista.

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