Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(1)
É só no Brasil mesmo que
organizações não governamentais vivem faceiras da vida de verbas
governamentais.
(2)
Em breve teremos uma multidão
marchando pelas ruas. Uma nova vanguarda “social” despontará. O MSTE –
Movimento dos sem teta estatal.
(3)
Por que muitas pessoas acham
lindo serem usurpadas tributariamente pelo Estadossauro? Talvez, penso eu,
porque para muitos o problema não é ser afanado compulsoriamente, mas sim,
reconhecer o fato. Como o assalto estatal tem outro nome, e é dito que o mesmo
é feito em nome duma boa causa, muitas pessoas não dão muita pelota para o
ocorrido. Na verdade, essas almas agem de modo similar ao corno que não se
importa muito em ser traído por sua amada desde que ele não fique sabendo o que
está sendo feito, como direi, pelas suas costas. Se ele for feito de bobo, fica
tudo limpo.
(4)
A arena política deve ser, penso
eu, avaliada ao menos em dois planos: um de curto prazo e outro de longo prazo.
Quem ignora o segundo, dando uma excessiva ênfase ao primeiro, acaba sendo
feito de trouxa por aquele age no primeiro, com vistas à realização de algo bem
maior no segundo.
(5)
A pergunta que não quer calar:
porque tanto petistas quanto tucanos têm tanta, mas tanta aversão a Jair
Bolsonaro? O que os une nessa causa?
(6)
Uma coisa é procurar observar a
realidade como ela se apresenta diante de nós, outra, bem diferente, é vê-la a
partir duma abstração.
(7)
De tanto ver a realidade pelas
lentes duma ideologia o indivíduo acaba suprimindo as impressões autênticas da
realidade e substituindo-as pelos esquemas de sua mente ideologicamente
adoecida.
(8)
Quando o senso literário fenece,
nós desaprendemos a dizer, a narrar o que vemos e, consequentemente, limitamos
significativamente a nossa capacidade de pensar com clareza aquilo que está
diante de nossos olhos.
(9)
A forma mais eficaz de alienar
uma pessoa é enfatizar, reiteradamente, o significado social e político (ideológico)
das obras literárias ignorando tudo o mais que há nelas.
(10)
Quem em tudo vê ideologia, quem
em tudo enfatiza as suas convicções ideológicas, é incapaz de cultivar uma
centelha que seja de sabedoria.
(11)
Quem não sabe diferenciar
caridade individual de assistencialismo estatal, bem provavelmente não sabe a
diferença que há entre uma panela e um penico.
(12)
Pra ser muitíssimo franco, se
realmente desejamos melhorar a educação, deveríamos abandonar de vez toda essa
patacoada da lavra de Paulo Freire e bem como todo esse disparate pedagogesco
marxistoide que infecta os ares escolares brasileiros e nos fiar na leitura de
algo mais edificante como as Aventuras de Sherlock Homes de Sir Conan Doyle ou
uma e outra peça de William Shakespeare. Pode ter certeza que essas leituras te
farão mal algum. Elas ampliarão significativamente a sua compreensão sobre a
natureza humana – se você não ficar naquela firula mequetrefe de analisar
‘criticamente’ o texto dos referidos autores - e, acima de tudo, lhe
propiciarão um profundo deleite.
(13)
Onde a mediocridade e a
mesquinharia reinam não há espaço para que nada ouse se elevar um tiquinho que
seja acima da baixeza.
(14)
Quais são os compromissos
firmados por você consigo mesmo? Quais são os compromissos eternos de sua alma?
Pois é, eis aí a preocupação central de nossa vida.
(*)
professor e cronista
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