Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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TIRANDO A CASQUINHA DA FERIDA

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
As ideias subjacentes às palavras que frequentemente repetimos e que estão subentendidas nas frases feitas que regularmente usamos para dar forma as deformidades que matutamos e falamos acabam, sorrateiramente, determinando o tipo de pessoa que acabaremos, cedo ou tarde, nos tornando sem que estejamos cônscios disso.

(ii)
Muitos são os pecados que cometemos. Muitos mesmos. Mas, é bom lembrar sempre que a base de todos os desvios cometidos por nós nessa matéria consiste simplesmente em procurarmos Deus onde Ele não está; em tratarmos como divino aquele ou aquilo que, definitivamente, não o são.

(iii)
Amizade é um luxo, uma joia preciosa que, quando encontrada, carregamos em nosso íntimo para todo o sempre, mesmo que raramente ela esteja ao nosso lado em nossa caminhada em nossa jornada por esse vale de lágrimas.

(iv)
Em regra, na sociedade atual, o que leva muitas pessoas a sentirem orgulho e a fundarem sua autoimagem seriam certas bobagens que, fundamentalmente, não são coisas que sejam motivo de vergonha quando não ocupam essa posição em nossa vida, porém, a partir do momento em que certas tranqueiras são estampadas junto ao peito, como uma espécie de medalhão para que sejam compulsoriamente vistas a admiradas por todos, inevitavelmente tornam-se algo, no mínimo, vergonhoso. Pior! Quanto maior for orgulho nutrido por essas bagatelas, mais feio se torna o vexame.

(v)
Não são poucas as pessoas que, ao lerem algo, preguiçosamente procuram introduzir nas palavras os significados que elas gostariam - ou que imaginam - que elas tenham para que, desse modo, possam dizer o que elas consideram ser o sentido do dito cujo do texto. Dificilmente ocorre a essas alminhas que as palavras, todas elas, carregam em seu âmago não apenas um significado dicionarizado, mas também e fundamentalmente, uma imensa bagagem de experiência humana ciosa por ser decifrada por aqueles que deitam suas vistas sobre elas.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

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