Por Dartagnan da Silva
Zanela
(1)
Um importante passo para nos
livrarmos da ignorância presunçosa é abdicarmos da vã curiosidade.
(2)
Quem não sabe servir generosamente
ao próximo está abaixo do nível de um cão. Todo aquele que não sabe o quão
importante é sermos zelosos quando estamos atendendo um pedido de alguém, ou a
súplica de uma pessoa, não é digno para ser reconhecido pelo epíteto de gente;
não é merecedor de ser tratado como dejeto de um cão.
(3)
Sim, a iniquidade existe desde
tempos imemoriais; ela vagueia entre nós desde muito antes do surgimento das
ideologias materialistas e igualitárias. Todavia, desde que essas ditas cujas
passaram a parasitar o coração humano, as obscenas tiranias proliferaram
formidavelmente, feito coelhos, por poderem esconder-se com mais facilidade por
trás dessas máscaras ideológicas.
(4)
Quando um sujeito usa a alcunha
“crítico” para dizer que alguém é inteligente e esclarecido, abandone, porque
caboclo, mais do que provavelmente, não é uma pessoa esclarecida. Presunçosa
sim, mas não esclarecida. Também, bem provavelmente, ele não saiba o que, de
fato, significa ser crítico e não tenha a menor noção do que seja e para que
serve a tal da inteligência, tamanho o grau da “criticidade” desse tipo de
caipora tagarelante.
(5)
Mais vale conhecermos,
humildemente, a nós mesmos que conhecermos o mundo com todos os seus discretos
e indiscretos meandros. Entretanto, com uma infeliz frequência, por causa de
nossa humana presunção, nos auto-enganamos construindo uma auto-imagem
empavonada de nós mesmos imaginando que isso seja a mais excelsa verdade sobre
nosso serzinho. Tolice. Uma baita palermice humana que nos faz fingir sermos
quem não somos e que nos leva a ignorarmos quem deveríamos vir a ser.
(6)
A pergunta é bem simples: quem
curar-te-á de tua ignorância se você orgulha-se tanto dela?
(7)
Os militontos vermelhos só não
são mais risíveis porque são muito chatos. Chatos de dar dó. Em alguns casos,
de dar nos nervos.
(8)
Quem leva tudo para o lado
pessoal não passa de um babaca, da mesma forma que todo aquele que trata todas
as situações como se fossem apenas negócios não passa de um miserável canalha.
(9)
Quando alguém escreve um livro
intitulado “Como conversar com um fascista”, das duas uma: ou essa alminha está
apresentando um manual para que as pessoas possam polidamente conversar com a
sua totalitária pessoa, ou o serzinho acabou se esquecendo de ler [direito] uma
edição de “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota” e preferiu
publicar uma confissão detalhada sobre sua delicada situação.
(10)
A ideologização marxista é, de
fato, um grave problema; mal esse que se aproveita formidavelmente da covardia
latente no coração da sociedade brasileira.
(11)
Quando a covardia se assenhora de
nosso olhar, de nosso coração e de nossa alma, os maus, com sua petulância
cínica e com suas atitudes sinistramente dissimuladas passam a imperar sobre
tudo, inclusive e principalmente sobre nossa alma, em nosso coração e através
de nosso trêmulo e assustado olhar.
(12)
Quando não há consideração pela
oposição, quando nem mesmo essa se dá ao respeito e o governo, por sua deixa,
não é respeitável, abandone, porque por mais que se carregue nas tintas pra
dizer que tudo está correndo dentro da normalidade democrática, isso não
encobre a triste realidade de que vivemos em uma mediocracia esfarrapada que
arrota uma grandeza inexiste; grandeza que, ao que tudo indica, jamais foi
almejada pelos seus pretensos defensores.
Blog
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