QUANDO A CONFUSÃO É GRANDE DEMAIS, qualquer empreendimento para tentar identificar e responsabilizar o possível, ou suposto, culpado pelo deus-nos-acuda é algo praticamente infrutífero, na maioria dos casos.
Não porque o sistema seja corrupto, ou porque o Estado seja incompetente, ou porque a sociedade seja, em si mesma, má. Não se trata disso.
Em princípio, quem deve tem de pagar. Todavia, o “x” da questão é que todos aqueles que estão envolvidos num determinado furdunço tem lá sua cota de responsabilidade e, muitas vezes, a de um não é menor que a do outro e, por essas e outras que, dum modo geral, as cirandas acusatórias que giram em torno dessa ou daquela pendenga nossa de cada dia, apenas tendem a aumentar cada vez mais, chegando ao ponto do esgotamento de toda e qualquer possibilidade de entendimento e, consequentemente, duma solução minimamente razoável.
Enfim, seja como for, lembremos sempre que quando vizinhos, colegas e amigos não mais são capazes de conversar com franqueza, nós temos uma crise. Agora, quando desafetos, adversários e inimigos não mais são capazes de dialogar, o que temos é uma guerra de todos contra todos prestes a começar.
É isso. Quem viver, verá.
(*) professor, caipira, escrevinhador e bebedor de café.
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