UMA COISA É O ISOLAMENTO, OUTRA,
bem diferente, é a solidão. Se chegarmos a entender isso – a diferença que há
entre uma e outra – poderemos, quem sabe, começar a compreender o quão profunda
e irremediável é a condição pateticamente trágica do homem moderno que se
permite entregar ao vil desfrute sadomasoquista de se permitir ser devorado e
dissolvido pelo apetite bestial de toda e qualquer multidão ululante e
ideologicamente desorientada. Multidão essa que insiste, freneticamente, em nos
dizer quem somos e, obviamente, em apontar o que deveríamos fazer para que os
membros da patuleia engajada - que soberba e coletivamente imagina-se ser o
caminho, a verdade e a vida - declare que somos pessoas lindinhas e boazinhas
como eles; estúpidas e toscas como cada um deles. Essa, em resumo, é toda
tragédia do homem contemporâneo. Toda ela. Sem nada pôr, sem nada tirar.
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