EM MUITOS CASOS, EM MUITÍSSIMOS MESMO, o que mais falta
naqueles ditos cujos doutos em educação e, bem como, aos tais burocratas dessa
seara, é um pouquinho, por mínimo que seja, de honestidade intelectual.
Explico-me: não raro, os primeiros obtém seus títulos, que
lhes permite apresentar-se como doutos em matéria de ensinação, sem, de fato,
ter educado alguém, nem mesmo uma única pessoa que ateste a eficácia de suas
ideias.
Mesmo assim, falam, como falam, até pelos cotovelos, sobre o
que não deve ser feito numa sala de aula e, fazem isso, com citações furibundas
mil e, dizem tudo isso, sem ao menos saber como realmente é o dia a dia duma
classe escolar.
Quanto aos segundos, esses ocupam geralmente uma sinecura
qualquer, obtida muitas vezes através das bênçãos dum padrinho político, para
fingir que ali estão para inovar as práticas que dão forma ao dia a dia duma
sala de aula. Sala essa que, nem de longe, esses sujeitos querem enxergar. Quem
o diga nela estar.
Porém, mesmo assim, essas alminhas creem sempre ter uma boa
dica pra dar para aqueles que estão todo o santo dia no lugar que elas querem
tanto manter distância.
Por fim, sim, há muitas coisas que devem ser melhoradas em
nosso sistema educacional. Muitíssimas. Todavia, não sei porquê, algo me diz
que não é essa galera, cheia de "não-me-toque", que irá apresentar
para todos nós a pedra filosofal que irá transubstanciar os pútridos frutos dos
filhos bastardos de Paulo Freire e de Emília Ferreiro em algo que seja digno de
ser chamado pela alcunha de educação.
(*) Professor, caipira,
escrevinhador e bebedor inveterado de café.
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