Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(1)
A questão não é saber o que
inicia e o que termina quando estamos às portas de um novo ano. O ponto nervoso
é saber o que em nós continua a existir em meio ao findar e frente ao iniciar
do novo tempo. Quanto ao resto, bem, todos sabem: não passam de frívolas
bobagens.
(2)
O ano é novo; as pessoas, seus
corações e suas inclinações, são os mesmos.
(3)
Não espero nada de ninguém, muito
menos espero algo do neófito ano de 2016 d.C. A esperança, uma virtude
teologal, deve estar centrada em Deus e não em reles criaturas, pouco
importando que ela seja uma pessoa ou um recorte temporal.
(4)
Todos os dias somos colocados à
prova e nem nos flagramos disso.
(5)
Não são as palavras que nos
permitem saber se uma pessoa é ou não dotada de humildade. Não. É a imagem que
a pessoa projeta de si sobre e através das palavras que ela utiliza que nos
revelam se a mansidão em seu coração ou soberba em sua alma.
(6)
Quem possui dez pessoas de
confiança a seu lado pode realizar grandes projetos, pode até mesmo mudar a
história. Agora, aqueles que tecem complôs e conchavos a granel em favor da
realização duma sanha totalitária estão fadados a promover uma devastação em
grandes proporções como já se viu muitas vezes na história recente da
humanidade.
(7)
Podemos escrever para dizer
publicamente o que pensamos ou para tornar dizível aquilo que todos pensam,
veem e sentem. A primeira motivação tem lá a sua utilidade; a segunda razão tem
a sua impreterível necessidade.
(8)
Entenda-se uma coisinha bem
simples: o fato de muitas pessoas estarem contra o governo Lulo-dilmista não
significa de modo algum que elas sejam partidárias dos tucanos, do tal do
Cunha, ou de qualquer coisa do gênero. Não mesmo. Na verdade, na maioria absoluta
dos casos, elas simplesmente não idolatram tontamente o dito partido da ética
e, por isso, são capazes de ver claramente o óbvio ululante que os idólatras do
comuno-petismo não querem ver de jeito nenhum.
(9)
O ser professor não é apenas um
meio de vida; antes e acima disso é um modo de vida. Na incompreensão disso
está a raiz de todos os males que maculam o sistema educacional brasileiro.
(10)
Boa parte dos males que afetam a
sociedade não é fruto do não reconhecimento deste ou daquele direito dessa ou
daquela minoria. Isso, na verdade, não passa de frivolidade de gente
revoltadinha com o vento. A raiz dos problemas que atormentam nossa sociedade
encontra-se fundamentalmente no não cumprimento, e no não reconhecimento, dos
deveres que cabe a cada um, seja da parte de um cidadão anônimo ou de uma
autoridade pública. Num ambiente assim a responsabilidade fenece, a liberdade
padece e a tirania floresce.
(11)
Acabaram-se as festas do teatro
de fim de ano. Muitas pessoas continuam sendo o que são e, outras tantas, param
de fingir e voltam a ser o que sempre foram.
(12)
A Sagrada Escritura nos ensina
que mesmo que todos os homens sejam falsos, Deus é sempre verdadeiro. O mundo
moderno, com suas repetitivas tolices, histrionicamente doutrina-nos noite e
dia, noite e dia, que cada um é “verdadeiro” a sua maneira e que Deus seria uma
farsa que deveria ser abolida para que ninguém se sinta desconfortável em sua irremediável
mediocridade verdadeira.
(*) professor e
cronista
e-mail: dartagnanzanela@gmail.com
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