Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(1)
Todo e qualquer sujeito fecal
sente-se ofendido quando se defronta com uma obra de arte, haja vista que a
mediocridade sempre faz beicinho e recusa-se a admirar a majestade do belo,
seja ela sacra ou não. Não é à toa que atualmente tantos excrementos
monumentais sejam encarados como arte. A beleza, a verdade e a bondade não
encontram morada num país onde a mediocridade governa.
(2)
Ouvir músicas a muito esquecidas,
a muito ouvidas em nossa distante juventude, é reviver de maneira adocicada os
dias que não mais podem ser vividos.
(3)
A liberdade não é um fim em si;
ela é um meio para realizar algo digno, prestativo e bom. Fazer dela um fim em
si mesmo é literalmente a forma mais abjeta de escravidão que um indivíduo
humano pode ser submetido. Escravidão essa onde o sujeito é subjugado à tirania
dos seus mais baixos instintos e dos mais tolos e vulgares desejos.
(4)
Todos aqueles que vivem
agrilhoados aos seus instintos animalescos, presos aos seus mais rasteiros
desejos, acabam sempre posando de ridículo na vã tentativa de provar para todos
que eles, apesar disso, são livres. Na verdade, essas almas atormentadas, com
seus disparates escandalosos, querem que a sua servidão seja reconhecida como
sendo a mais excelsa realização da liberdade humana. Sim, e não há dúvidas de
que essas alminhas são pateticamente livres para serem humanamente estúpidas.
Por isso, galerinha do "bem", não se preocupe! Porque até onde é
sabido, ninguém irá negar esse direito que lhes assiste. E, sendo assim, fiquem
à vontade e sejam ridículos o quanto quiserem, mas não ao ponto de quererem ser
tratados como heróis por isso.
(5)
O cidatonto, crítico até a
medula, é o tipo de sujeito que desacredita de tudo e de todos desde que, tudo
e todos, contrariem as sandices de seu credo ideológico.
(6)
O cidatonto crítico é aquele
indivíduo que, sendo incapaz de ver o mundo como ele é, deforma-o em sua mente
para que este, em sua doentia imaginação, se assemelhe mais e mais com sua
mesquinha alma ideologizada.
(7)
Quem reconhece qualquer bocoió
midiatizado como “herói”, francamente, não vale nem mesmo um discreto pum
anônimo.
(8)
Quando as nulidades passam a ser
celebradas e honradas publicamente é porque a honra e a dignidade já, a muito,
foram sepultadas.
(9)
A autodisciplina é a base duma
boa educação. Porém, vale lembrar que a primeira não cria raízes profundas sem
o cultivo da disciplina que, gostemos ou não de ouvir, é a matriz de toda boa
formação.
(10)
Uma geração que não aprende o
valor do sacrifício de si, que apenas valora o gozo fugidio dos momentos
efêmeros, já é mais do que suficiente para destruir tudo o que as gerações
anteriores levaram milênios para construir.
(11)
Diploma é um papel que não
garante status social e nem atesta conhecimento pessoal.
(12)
Uma coisa é proteger a infância e
a juventude. Outra, bem diferente, é mimá-la ao ponto de estraga-la,
pervertendo-a até o tutano de sua alma, incapacitando os indivíduos para a vida
adulta plena e responsável.
(*) Professor e
cronista
e-mail: dartagnanzanela@gmail.com
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