Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

Pesquisar este blog

NADANDO CONTRA A MARÉ





Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
ANTES, MUITO ANTES DE USARMOS UM argumento que imaginamos ser fundamentado historicamente é importantíssimo que estudemos a dita cuja da história para sabermos, de fato, se o que estaremos dizendo sobre isso ou aquilo realmente tem o requerido fundamento nas envelhecidas e amarelada páginas da mestra da vida.

(ii)
O ESTUDO É UM ATO SIMILAR A PRÁTICA de uma oração. É um ato de doação, de entrega do nosso tempo, de oferta de nossa vontade e atenção, de ordenação das intenções e inclinações de nossa alma. Quanto maior for a entrega, maior será o nosso crescimento. Melhor será a colheita. Quanto menor for a oferta, maior será o desperdício de tempo, energia e talento.

(iii)
TUDO AQUILO QUE DIZEMOS E QUE, de antemão, não exigiu de nós um mínimo de esforço, de reflexão e estudo, pode até ser bonitinho e ter toda a nossa afeição, mas, gostemos ou não, esses ditos continuarão a ter um valor equivalente ao estudo e reflexão que não foram realizamos de antemão para dizê-los. Trocando em miúdos: nenhum.

(iv)
O PARALELO QUE, PENSO EU, podemos estabelecer entre a Era Lula/Dilma com o governo Temer, seria a comparação entre um tumor e um furúnculo. O segundo é um incômodo terrível e, o primeiro, por sua natureza, pode nos levar a óbito. E a solução em ambos os casos é uma só: extirpá-los, todinhos, com as metástases de um e com todas as pustulências do outro.

(v)
QUANDO CONSIDERAMOS QUE A RESPONSABILIDADE por todos os males que pesam sobre nossos ombros seriam dos outros, cuidado! Muito cuidado porque estamos abdicando daquilo que nos dignifica enquanto pessoa. Estamos negando a autonomia de nossa consciência individual.

Resumindo, quando não assumimos as consequências e inconsequências de nossas escolhas e decisões estamos abjurando de nossa autonomia enquanto pessoa e reconhecendo, publicamente, que somos apenas uma espécie de gado dalguma manada massificada e desorientada, mas não gente madura que assume a responsabilidade pelas tortuosas linhas de sua vida.


(*) Professor, caipira, cronista e bebedor de café.

Nenhum comentário:

Postar um comentário