Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

Pesquisar este blog

INQUIETAS REFLEXÕES – parte II

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

INQUIETUDE - 01
Quando nossa alma está inquieta, assolada por toda ordem de tormentos, urge, que aprendamos primeiro a não nos deixar afligir com o devir do tempo para que essa aflição não intensifique o impacto de tudo o que está nos amargurando no momento. Por isso, antes de qualquer coisa, ocupemo-nos dele, do tempo, com coisas dignas, prestativas e boas, para que ele não venha se ocupar de nós, com mais angústias em nossa desocupação.

INQUIETUDE - 02
A Santa Cruz é, ao mesmo tempo, vara e balança. Ela, a cruz de Cristo, é prefigurada nas balanças e varas que se fazem presentes no Antigo Testamento e, após o escândalo da crucificação, é diante dela que temos nossos méritos e deméritos devidamente pesados e, frente a ela que receberemos aquilo que nos é devido na medida da misericórdia divina e na proporção de nossa humildade.

INQUIETUDE - 03
Recusar-se a desejar o mundo através dos desejos do outro é esforçar-se na senda da imitação de Cristo, recusando-se, desse modo, a arremedar o caminho da carne, do mundo e dos principados das trevas.

INQUIETUDE - 04
Quando ficamos esperando que os outros façam por nós algo que não nos dispomos a realizar em benefício próprio é porque estamos, veladamente, confessando a nossa canalhice por meio de outros termos. E, na real: todo canalha é bom nisso, em projetar sobre os outros as suas responsabilidades. Tão bom que, ainda por cima, é capaz de fazer o outro sentir-se culpado pela irresponsabilidade do biltre.

INQUIETUDE - 05
Para que um período de férias seja realmente proveitoso, faça uma lista.

Faça uma lista dos filmes que você pretende ver; das séries que você anseia assistir; das pessoas que você deseja visitar, das músicas que você quer ouvir; dos livros que você almeja ler; das comidas que você irá comer; dos serviços [em casa] que ambiciona concluir [ou iniciar] e, obviamente, dos esportes que você queira praticar.

Se tiver grana de sobra, faça constar na sua lista os lugares novos que serão conhecidos você.

Mas, lembre-se: a falta desse quesito, dindim, não é um impedimento para que as férias sejam, de fato, inesquecíveis. Não mesmo.

Não se esqueça do que nos ensina São Josemaria Escrivá sobre o tempo de descanso. Diz-nos ele que ócio não é sinônimo de fazer nada. É, antes, sinônimo de fazer outra coisa.

Por isso, escolha bem as “outras coisas” que irão preencher o seu tempo nesse período de fim e começo de ano e boas férias.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

Nenhum comentário:

Postar um comentário