Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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O NAIPE DO BA RALHO – parte II

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

O Brasil está cheio dessa gente que ganha muito bem pra paparicar a bandidagem. Gente que diz sandices mil. E todas essa sandices apresentam-se empavonadas com o bom e velho judidiquês sociologicamente afetado.

No parlamento, nas redações, nas cátedras, púlpitos, cadeiras e tutti quanti, sempre há muitos dessa estirpe que, em boa parte dos casos, sejamos francos, não sabem o que fazem. Não mesmo.

Os promotores desse tipo de lorota intelectual, em muitíssimos casos, fazem isso crendo piamente que estão defendendo as classes populares. Creem mesmo.

Pois é. Essa gente é tão avoada que chega dar náuseas só de imaginá-las dizendo o que dizem. Elas, sem querer querendo, acabam caracterizando as pessoas humildes como criminosos em potencial crendo que estão defendendo-as.

É ridículo. Tô sabendo. Mas é isso que está subjacente a fala politicamente corretíssima da turma boazinha.

É, de fato, o cúmulo da alienação. Mas é assim mesmo que essa gente criticamente age.

E tem outra: esses ditos cujos defensores do povo nunca foram conversar com as vítimas dos crimes - que, em sua maioria, são pessoas da classe trabalhadora - só pra ver o que elas acham de suas ideias de bolha de sabão sobre a criminalidade. Seria interessantíssimo que elas fossem com o coração aberto para ouvi-las. Ah! Como seria!

Seria, mas não vão não. Elas não o fazem porque, no fundo, boa parte dessa gente não está nem um pouco preocupada com o bem estar das vítimas.

O que, de fato, lhes encanta os olhos é que elas pareçam progressistas e bonitinhas para narcisicamente sentirem-se bem, mui bem, junto dos pares de sua patotinha, pouco se importando com as consequências nefastas de suas ideias sobre as pessoas que elas afirmam defender.

Resumindo o entrevero: esse tipo de alienação pode até render muitos pontos frente a gente chique e inteligente, mas destroça violentamente a vida das pessoas que tem de conviver diariamente com a impunidade da bandidagem que torna as classes populares reféns duma situação gerada por ideias criminosas sobre a criminalidade.

Ponto. E tenho dito.

(*) professor, cronista e bebedor de café.
Site: http://dartagnanzanela.webcindario.com/

Blog: http://zanela.blogspot.com/

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