Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(i)
Quando a forma não atende à finalidade e é preenchida com um
conteúdo pérfido e feito por um agente dúbio o resultado é a democracia
brazuca.
(ii)
Não há uma semana em que eu não me pergunte sobre o propósito
de tudo que faço. Fazendo isso, tomo ciência da nulidade de minha porca vida.
(iii)
Jesus Cristo nos diz que devemos amar nossos inimigos; a
mentalidade revolucionária, que se deve perseguir implacavelmente todos os desafetos.
(iv)
Cristo nos ensina que devemos perdoar quem nos ofende;
todavia, isso não significa que devemos tratar o ofensor como se fosse um
coitadinho.
(v)
As alminhas politicamente corretas, limpinhas e do bem, ficam
escandalizadas quando uma pessoa, até então anônima, tem lá o seu dia de fúria;
porém, nunca lhes ocorre indagar, imaginar o quanto o sujeito teve de tolerar,
silente, até ele se entregar de corpo e alma ao momento de ira.
Sejamos francos: o saco de paciência das pessoas tem limite
e, imagino eu, que muitíssimos são os que estão pra lá do limite com essa
cultura da impunidade que se faz imperar em nosso país, em particular, e no
Ocidente, dum modo geral.
Resumindo o entrevero: a sociedade - anônima, pagadora de
impostos e calada - está no limite com o sistema edificado pelas alminhas
limpinhas e do bem com suas ideias e ações politicamente corretas.
E tem outra: afirmar isso não é desejar o mal. Nada disso. É
apenas apontar para o óbvio.
(*) Professor, cronista e
bebedor de café.
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