Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
Lembremos, sempre, que Nosso Senhor quando se referiu aos
fiéis que cultivam uma falsa fé como sendo similares ao joio, que Ele fez essa
analogia por razões muito concretas. Aliás, é sempre bom lembrarmos que Ele é o
Verbo divino encarnado e, por isso, sempre sabe muito bem o que diz mesmo que
nós não saibamos ouvi-lo da maneira devida.
Bem, das razões presentes na analogia feita por Cristo entre
esse tipo de fiel e o joio, destacamos duas. A primeira é que o joio – aqueles
que defendem doutrinas e ideias contrarias aos ensinamentos da Igreja como se
fosse doutrinas e ideias da Igreja - é muitíssimo parecido com o trigo. E é por
isso que tais ideias e doutrinas causam tanta confusão entre os fiéis.
Detalhe: não nos esqueçamos que os grandes enganos são
eficazes em sua obra de destruição porque partem de um fragmento da verdade e,
através desse, enfiam goela abaixo borbotões de erros.
Segundo: é bom lembrarmos que o joio, ao contrário do trigo,
não dá frutos. Apesar da semelhança com o trigo dele não se obtém o abençoado
pão. Do joio, a única coisa que se obtém é confusão. Confusão na alma e no
coração.
Em tempo ocorre-me uma terceira razão que, penso eu, devo
citá-la.
O joio, sendo semelhante ao trigo, como tudo o que é daninho,
quer, por soberba, tomar o lugar daquilo que é santo. E pretende inovar,
adaptar ao tempo presente aquilo que está para além de todos os tempos e, ao intentar
fazer isso, distancia nossa alma da eternidade, agrilhoando-a na confusão do
tempo presente turvando as vistas dos olhos de nosso coração.
Enfim, dum jeito ou de outro, o mal está entre nós e em nós;
por isso, peçamos humildemente a Deus que Ele nos dê paciência e perseverança
para lutarmos o bom combate; e discernimento e sabedoria para sabermos bem
luta-lo.
(*) Professor, cronista e
bebedor de café.
Nenhum comentário:
Postar um comentário