Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(1)
Ativistas profissionais
politicamente corretíssimos, defensores de minorias supostamente oprimidas, que
se auto-intitulam progressistas e, por isso mesmo, julgam-se ser pessoas muitíssimo
boazinhas, com seu sentimentalismo barato e caricato são indubitavelmente os
pais de toda a brutalidade que se vê estampada na primeira página de todos os
grandes jornais.
(2)
A história tem muitas serventias. Dentre elas, a mais usual,
é aquela em que suas turvas linhas são empregadas de maneira canalha para
“fundamentar” mentiras ideologicamente concebidas. Bem, como a maioria das
pessoas tem apenas uma miserável e esquemática “compreensão” histórica da
realidade, as ideologizadas mentiras mais estapafúrdias acabam colando nas
mentes incautas, feito chiclete velho nos fundilhos duma calça. Enfim, por
essas e outras que quem dita o tom da memória coletiva oficiosa acaba forjando
na realidade o sentido que bem entender a partir da versão histórica que eleger
para justificar as sandices ditadas pelos seus grilhões ideológicos.
(3)
Essa gente boazinha e afetada que
fica com esse trelelê fiado de discurso de ódio pra e pra cá, francamente, como
diziam os antigos, não reza. E não adianta explicar e puxar prosa com essa
trupe não porque, tal qual bêbedo sarna, essa gente alucinada só vê e apenas
ouve o que se encaixa direitinho em seu desvairado mundinho de apartamento. Pra
despertar esses tipos, seria necessária uma sacolejada bem no capricho, um choque
de realidade nada afetuoso nos cornos e aí, quem sabe, os carcarás
politicamente corretíssimos acabariam colocando as suas ideias no devido lugar
e, desse modo, quem sabe, recuperariam o juízo a tanto perdido.
(4)
Para, em termos históricos,
compreender um único dia são necessários muitos anos de estudo. E o pior de
tudo é que a maioria das pessoas ignora esse axioma elementar duma reflexão
histórica, principalmente aqueles que dizem que são críticos entendedores do
babado.
(5)
O mais engraçado nessas
discussões ditas críticas - realizadas por pessoas supostamente esclarecidas e
estultamente diplomadas - é que elas são capazes de “explicar” tudo, tudinho,
com meia dúzia de palavras ocas e, ao mesmo tempo, se enrolam pra caramba para
tentar explicar as míseras decisões tomadas em sua porca vida.
(6)
A liberdade não é um problema.
Problema, de fato, é o que fazemos com ela. Outra coisa: os poucos, ou muitos,
recursos que temos a nossa disposição para efetivar nossa liberdade também não
são o problema. Não mesmo. O problema, o grande problema nesse quesito, é como
nós utilizamos os meios que temos para nos realizar enquanto pessoa; qual a
finalidade que empregamos a esses meios; qual o sentido que realizamos em nosso
coração com a liberdade temos é a questão que temos de encarar em nossa vida.
(7)
A vida cristã, necessariamente, é
uma vida de oração; uma oração na forma dum viver para a eternidade. Um orar
constante vivido através de gestos, palavras e ações permeados por um discreto,
contemplativo e pio silêncio.
(*)
professor e cronista.
Site:
http://dartagnanzanela.webcindario.com/
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