Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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SIMPLÓRIAS REFLEXÕES BLÓGICAS – parte II

 Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(1)
Num momento de crise, a honradez não mensurasse pela capacidade aguerrida de se manifestar na defensa dos ditos e escarrados "nossos direitos" em suas minúcias e miudezas, mas sim, em avaliarmos de maneira prudente a situação e sermos humildes e realistas o bastante pra reconhecer que a pequenez de nossas queixas nada é em comparação com o drama sofrido por muitos. Resumindo o entrevero: não compreender isso, francamente, é um claro sinal de infantilidade tardia fantasiada com a máscara duma decadente cidadanite.

(2)
Quando a situação aperta, todos nos vemos obrigados a apartar a cinta e a reorganizar a nossa vida. As pessoas maduras compreendem isso e procuram agir de modo ponderado frente à situação, procurando, dentro de suas limitações, resolver os problemas que vão sendo apresentados.

De mais a mais, é natural que muitos esperem que nossos governantes, as autoridades investidas de poder por nossos tolos e impensados votos, se portassem de modo magnânimo; mas, infelizmente, como todos nós sabemos, nossa classe política é tal qual nossa fauna: não há gigantes; não há estatura moral que se destaque em meio a esse lodaçal estamental partrimonialista.

Por isso, mais do que nunca, não podemos nos dar ao luxo de agir de modo leviano, pois, se o comando da frota é vil, cabe aos marujos de cada nau ser e agir feito leões do mar para que as embarcações de nossas vidas não venham a pique em meio a essa infausta tormenta em que nos encontramos devido ao mau rumo tomado pelos timoneiros ignóbeis que estão à frente dessa nação que está literalmente à deriva.

(3)
Há uma diferença abissal entre o que seja a tal da cidadania e o que é uma mera birra infantil.

(4)
O que uns garbosamente chamam de direito, para muitos não passa dum vil privilégio.

(5)
Há momentos que devemos ser agressivos e partir para o combate; para o bom combate. Há outros em que devemos nos colocar na defensiva para proteger o que mais estimamos. Porém, existem inúmeras circunstâncias em que, simplesmente, nada devemos fazer; nada, para podermos avaliar a situação com prudência e clareza e não acabarmos dando um tiro em nosso próprio pé, lutando um combate contra nós mesmos que pode acabar, em muitos casos, mutilando aquilo que mais estimamos. Em horas assim, de desesperança, urge que tenhamos paciência e, fundamentalmente, que sejamos prudentes.

(6)
Uma causa, para ser justa, deve necessariamente ser maior e mais digna que a dor de nossos bolsos e, de modo algum, deve fundar-se na furibunda insatisfação de nossos desejos.

(7)
O limite da compreensão de um indivíduo é o seu interesse. Se ele deseja realmente conhecer, as fronteiras do seu entendimento se dilatarão formidavelmente. Todavia, se o que ele almeja for apenas cumprir uma formalidade para obter um título que apenas atesta que ele cumpriu com certos ritos curriculares, a compreensão será literalmente agrilhoada nos ferros do desinteresse e seu entendimento atirado no calabouço da mediocridade.

(*) professor e cronista.

Site: http://dartagnanzanela.webcindario.com/

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