Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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TERMOS DUM CRISTÃO SEM TERMOS – II

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(1)
Ensina-nos São Paulo que más companhias corrompem bons costumes. Essa é uma verdade tão auto-evidente que dispensa qualquer comentário ou explicação, todavia, como evitar a companhia dos maus numa sociedade como nossa é uma questão delicada pra caramba.

É praticamente inevitável a todo aquele que tem o propósito de exercer a profissão de bom em meio a abundância de tantos maus ter de se acostumar a viver longos períodos de solidão que, para todo aquele que almeje o bem, é sempre uma excelente companhia.

Mas não se deve apenas ficar com ela. A provação das más companhias é fundamental para conhecermos a real densidade de nossa alma, de nosso caráter.

Ora, se facilmente caímos no canto de seria da mundanidade é porque não somos tão bons assim como imaginamos ser. Agora, se somos de fato pessoas de grande densidade moral; de grande envergadura espiritual; de nada servirá toda essa força se ela não for empregada no intento de alumiar aqueles que estão atolados no lodo da fraqueza moral e da desídia espiritual.

Enfim, más companhias corrompem apenas bons costumes superficialmente adquiridos; más parcerias necessariamente revelam as más inclinações que já estavam em nosso coração, mas que nos recusávamos a enfrentá-las.

(2)
Tudo que é bem feito jamais é feito em vão. Mesmo que tudo o que fora feito tenha sido, aos olhos dos homens, um grande desperdício, aos olhos de Deus continua sendo bom.

(3)
Todo aquele que confessa uma religião o faz porque a sente como sendo verdadeira; mais verdadeira que as demais. Se o indivíduo não age assim é porque ele é hipócrita para com os seus e cínico para com os demais. Detalhe: isso não significa que indivíduo odeie as demais religiões; significa apenas que ele deseja sinceramente que todos confessassem a mesma fé que ele confessa; significa que ele reza pela conversão de todos ao caminho que ele escolheu. E isso, amiguinho politicamente correto, não é mau não. É a própria expressão do amor ao próximo. Entenda isso e pare de ficar relativizando o valor da procura amorosa e abnegada pela Verdade.

(4)
Se depositar todas as minhas esperanças neste mundo vil, se procurar reduzir a amplitude transcendente na mensagem viva de Nosso Senhor Jesus Cristo aos limites desta miserável existência finita, definitivamente, minha existência seria uma lastimável do princípio ao fim.

(5)
Ensina-nos Pascal que nada é mais real, nem mais terrível do que a morte. Da mesma forma, nada é mais tolo, nem mais ridículo do que viver ignorando o peso e o significado dessa realidade.

(6)
O ser humano de um modo geral, e o brasileiro de maneira particular, é um bicho engraçado mesmo. Vive falando que a morte é a verdade mais acertada; sabe que a morte é o limite irrevogável para todos os planos terrenos. Mesmo assim, o carniça vive os seus dias e traça seus planos como se ele fosse uma criatura vampiresca, ignorando a imortalidade da alma e sugando tudo o que a vida pode lhe ofertar para realização das mais mesquinhas e vazias finalidades que, de maneira tola, ele coloca num patamar de importância bem acima, muito acima da imortalidade da sua própria alma.

(7)
Quando ignoramos a realidade da imortalidade, gradativamente nos embrutecemos; pervertemos o senso de justiça que há em nosso coração.

 (*) professor e cronista.

Site: http://dartadartagnangnanzanela.webcindario.com/

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