Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(1)
De um modo geral, o idiota
imagina que fazer pose de sabido, falando de coisas inteligentes, o torna
clarividente. Ele ignora que ser sabido não tem nada haver com isso. Tem haver com
a disposição para organizar e arrumar inteligentemente ideias simples sem
aquela frescuragem ou afetação de bom-moço.
(2)
Regra de ouro: jamais cite ou
mencione algo que você não sabe, ou que você não compreenda razoavelmente bem,
como pose de "doutor no assunto". Fazer isso é pedir para expor-se a
um ridículo desnecessário.
(3)
Fingir; supor que as complexas
teias de relações humanas e institucionais em nosso país são passíveis de serem
explicadas a partir de esquemas mentais simplórios advindos dum marxismo
cultural de botequim é literalmente não saber a diferença abissal que há entre
a simplicidade da clareza e a simploriedade da estupidez presunçosa. Seja ela,
a douta ignorância, diplomada ou não.
(4)
Todo aquele que tem medo do
estudo laborioso - estudo esse que é imprescindível para se compreender qualquer
coisa - invariavelmente procura disfarçar a sua superficialidade e estultice
com aqueles clichês prontos que nos são brindados pelas ideologias vagabundas
que se disfarçam com plumas e paetês de ideias progressistas que, sem nada por,
nem tirar, não passam de adereços de uma fantasia chinfrim para idiotas. Ideias
essas que não servem nem mesmo pra enfeitar uma penteadeira de bordel.
(5)
Ideias e teorias inexaminadas não
valem nem mesmo uma porção de fezes. Não valem uma discussão. Não são dignas da
deferência que a elas é exigida sem que necessariamente passem por um atento
exame e por uma criteriosa ponderação. Resumindo: somente cabeças de vento e
almas levianas as idolatram. Só essa gente e ninguém mais.
(6)
De um modo geral, as pessoas que
leem sem preconceitos a obra “O mínimo que você precisa saber para não ser um
idiota” do filósofo Olavo de Carvalho, não são idiotas não. Agora, todas as
alminhas sebosas que fazem beicinho para o referido livro sem conhecê-lo, e que
se recusam a lê-lo por birrinha ideológica, fazem isso porque elas já sabem
tudo, tudinho e mais um pouco, pra serem os perfeitos idiotas que são.
(7)
Sentir raiva, em si, não é o fim
do mundo e não é tão ruim assim não. A ira é uma força poderosíssima e muito
útil quando devidamente disciplina. Do contrário, ela é o que é: uma
destemperada besta feroz de destruição que atinge a tudo e a todos sem a menor
cerimônia. Resumindo o entrevero: saber direcionar a ira pode torná-lo similar
ao Naruto Uzumaki. Não saber fazer isso, em algo parecido com o Sasuke Uchiha.
(*) professor e cronista.
Site:
http://dartagnanzanela.webcindario.com/
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