Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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BLOGICAMENTE FALANDO – parte XV

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(1)
Eu não estou muito interessado nesse papo de juiz de direito não. Na verdade, não estou nem aí para essa conversa fiada. O que realmente considero relevante é um juiz que coloque a justiça acima de sua vaidade e dos seus interesses pessoais, grupais e ideológicos. Considero imprescindível um juiz que faça da justiça a sua vocação sem reduzi-la a um vil e abjeto carreirismo. Ponto.

(2)
A justiça é maior que a lei. Sempre. Reduzir, ontologicamente, a justiça aos rabiscos legislativos de homens moralmente deformados é ignorar o que seja a primeira ao mesmo tempo em que se idolatra o suposto papel da segunda. Agir assim é ignorar que a vida é muito mais complexa que a secura duma legislação mal escrita; é desprezar que a vida é muito mais intensa que a superficialidade duma formalidade burocrática.

(3)
Toda ação política que desconsidere a necessidade de um plano de médio e longo prazo e que supervalorize toda e qualquer ação eleitoreira de curto prazo, desarticulada duma estratégia mais ampla, está invariavelmente fadada ao fracasso e a ser lançada na lata de lixo de história.

(4)
Afetação de superioridade travestida de pseudo-humildade e bom-mocismo é um mau sinal. Um péssimo sinal. Sinal de uma profunda e incurável maldade inconfessável por palavras, mas fartamente demonstrada pelo cinismo dos dissimulados atos.

(5)
Conhecer é bom. Por isso, gastar tempo e recursos com a finalidade de conhecer é algo fundamental. Mas, o que estamos procurando conhecer e com qual finalidade? Pois é. E o quanto estamos dispostos a investir de nosso precioso tempo e de nossos suadíssemos recursos para aprender algo? Eis aí duas questões imprescindíveis para qualificarmos devidamente o quão aquilatado é, ou não, a nossa fome pelo saber.

(6)
A mídia frequentemente nos sugere o que devemos pensar, como devemos fazê-lo e, inclusive, nos indica as questões que são por eles consideradas relevantes e apropriadas. Ela faz isso tudo e nós, de nossa parte, imaginamos levianamente que estamos pensando com a própria cachola.

Nesse sentido, não seria exagero dizer que a mídia é similar uma chusma de moscas que nos impede de agir eficazmente por devorar o nosso tempo fazendo-nos concentrar boa parte de nossa atenção - ao menos a melhor parte dela - em perguntas e assuntos de relevância tão duvidosa quanto maliciosa.

Enfim, somos absorvidos de tal maneira por essa tranqueira toda que acabamos confundindo aquilo que queremos com o que é-nos sugerido querer.

(7)
Muitos dizem que não podem fazer isso ou aquilo, que não conseguirão conquistar esse ou aquele galardão, porque não tem recursos, nem meios e, ainda por cima, porque são caluniados e perseguidos por toda ordem de almas sebosas. Bem, pergunto eu: quais eram os recursos e meios de que dispunha Santo Inácio de Loyola quando começou sua jornada apostólica por esse vale de lágrimas? Eram mais fartos ou mais parcos que os seus? Você, por ventura, foi mais caluniado e perseguido que o referido homem? Por um acaso você foi mais enxovalhado que ele? Pois é. E veja o tamanho da obra realizada por esse homem e o tamanho miserável dos feitos realizados por alminhas como nós.

 (*) professor e cronista.

Site: http://dartagnanzanela.webcindario.com/

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