Por
Dartagnan da Silva Zanela (*)
(i)
Não conheço nenhum cidadão, que
tenha na última eleição presidencial votado no senhor Aécio Neves, que não
queira a sua prisão pelos seus malfeitos; da mesma forma que desconheço a
existência de cidadãos, que religiosamente votaram em todas as eleições no
partido da estrelinha, que queira a prisão do senhor Lula e de seus blues cats.
Possivelmente deve de existir um e outros aqui e acolá, mas, até onde sei, são
raros. Bem raros.
(ii)
Quando clamamos pela punição de
alguém por algum mal realizado, tal clamor deve ser feito não com o intento de
obtermos a mera reparação de nosso ego ferido. Proceder desse modo seria tão
somente uma vingança vazia e rancorosa.
Por isso, toda punição, penso
eu, deve ser realizada com o intento de possibilitar o arrependimento do
transgressor e como sinal de advertência para todo o corpo social do quão grave
é o mal cometido por ele. Nisso reside a manifestação de um grande gesto de
misericórdia.
Agora, querer abolir ou
abrandar as punições por dozinho do transgressor e por suma preocupação com a
pose de bom-moço, que é tão amada por muitos, seria uma atitude de tamanha
falta de amor ao próximo que possivelmente iria escandalizar até mesmo os impudicos
mais empedernidos.
(*)
Professor, cronista e bebedor de café.
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