Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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TUDO NA MESMA


Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
Estou com Nelson Rodrigues e não abro. Esse negócio de educação sexual é coisa pra animal. É um trem bom pra ser oferecido para os cães, cabritos, cavalos, mas não é algo que deva ser usado para adestrar os infantes humanos. O que toda pessoa precisa receber, em tenra idade, é educação amorosa que, diga-se de passagem, não tem nada que ver com a fisiologia do nosso corpinho.

(ii)
O choro é livre. Todo mundo sabe disso. O que muitas vezes algumas pessoas esquecem é que rir também é livre, não paga imposto e dispensa propina.

(iii)
Há aqueles que gostam muito da inquietude da noite urbana, com seus ruídos estridentes e baladas neurotizantes madrugada à dentro. Eu não. De minha parte, fico cá com as noitadas matutas, embaladas pelo som do vento que baila com as folhas das árvores no embalo do cantarolar dos grilos que ficam no sereno se refrescando em meio ao gramado orvalhado.

(iv)
Muitas pessoas imaginam que ser ativo no ato de aprender seria similar a estar, de alguma forma, agitando fisicamente. Ledo engano. Terrível engano. Muitas vezes, na maioria delas, estar ativo no ato de aprender, é estar atento ao que estamos ouvindo ou ao que estamos lendo. Resumindo: não temos como, realmente, ativar nosso potencial cognitivo se não formos capazes de aquietar a nossa alma. O mesmo é válido para a prática da oração.

(v)
É normal que, em tenra idade, por impulso pueril, acabemos assimilando ideias e ideologias furadas que nos inspiram a fazer um monte de tonguices. É natural, também, que no correr de nossa vida acabemos nos apegando a inúmeras outras patacoadas e, com a experiência dos anos vividos, terminemos por abandoná-las devido a sua idiotia intrínseca. O que, realmente, soa mui estranho, é o caipora que fica, depois de bem crescidinho, apegado as mesmas bobagens, adquiridas em sua juventude desregrada, achando isso a coisa mais linda e coerente do mundo.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

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