Por
Dartagnan da Silva Zanela (*)
(i)
Para o caboclo, ideologicamente
cego e mentalmente limitado, não adianta apresentar evidências acachapantes,
nem fatos incontornáveis.
Não adianta, porque ele, em sua
credulidade militante, sempre, sempre, sempre, irá imaginar que tudo o que lhe
for apresentado, na forma de fatos e evidências que desmontam o seu castelo de
superstições políticas, será sempre visto como uma terrível e malvada conspiração
para pôr abaixo o seu amado ídolo excrementício que, de modo análogo a Barbie,
é tudo o que ele quer ser se um dia amadurecer e crescer.
Enfim, tudo isso junto e misturado,
apresenta-nos um retrato do tamanho do apego que os caboclos desse naipe nutrem
pelas mais toscas crendices ideológicas, tamanha é a sua admiração pelas mais
disformes tranqueiras políticas, que, ao seu modo, preenchem de sentido a
insonsa vida dessas pobres almas.
(ii)
Só pra constar: tenho apenas
cães de estimação. Três. Agora, bandido de estimação não é comigo não. É um
bicho complicado de se criar. Custam caro, fazem seus donos passarem uma
vergonha danada e, ainda por cima, não são da menor confiança. Mesmo assim, tem
muita gente que cria esse tipo de animal e que nutre por eles um desmedido e
incompreensível afeto. Fazer o quê? Tem louco pra todo nesse mundo.
(iii)
Me divirto pacas com aqueles
que me insultam; que, nervosinhos, manifestam sem o menor pudor toda a sua
infantilidade crítica em seu crítico estado de infantilismo. Aliás, como me dizia,
certa feita, um velho amigo meu, dependendo de quem venha o ultraje, esse é um
grande elogio manifesto na forma duma evacuação verbal advinda de uma
ofendidíssima e frágil alma de papelão.
(*)
Professor, cronista e bebedor de café.
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